São Paulo – A verdadeira revolução que o esporte pode fazer na vida das pessoas não está na conquista de medalhas, nas competições, mas nos ganhos de saúde e de qualidade de vida que a sua prática garante. Esse é o desafio que a nova ministra do Esporte do governo Lula, a ex-jogadora de vôlei e medalhista olímpica Ana Beatriz Moser, vislumbra ao ter assumido a pasta na quarta-feira (4).

“O esporte para todos deve ser garantido na prática. Ele tem o potencial de mudar a vida das pessoas. O esporte de rendimento é inspirador, mas em muitos casos está distante do dia a dia e nós temos no Brasil esse desafio de colocar o esporte no dia a dia das pessoas”, afirmou Ana Moser ao jornalista Juca Kfouri no Entre Vistas de ontem (5), na TVT, o primeiro programa de 2023.

Ana Moser é a primeira mulher que assume o Ministério do Esporte e a segunda atleta. A primeira vez que a pasta foi tocada por um atleta foi na gestão do jogador Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, durante o primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso.

“Eu não estaria aqui se não fosse essa vontade do presidente Lula, e eu vejo que o que aconteceu foi um milagre de nos ouvirem efetivamente fazer essa escolha”, afirmou a ministra. Ana Moser diz que sempre foi uma lutadora por direitos, para além dos limites da quadra de vôlei. E desde que encerrou sua carreira profissional, em dezembro de 1999, tem se dedicado à causa do esporte, sobretudo no que se refere ao enfrentamento do sedentarismo.

Perguntada se política e esporte se misturam, Ana Moser destaca que as duas coisas são valores fundamentais para a vida. “Esporte é convivência, é participação, é comunicação. A nossa maior ferramenta de comunicação é o nosso corpo e no esporte o corpo é tratado como a primeira ferramenta. Essa é a identidade que a gente trabalha”, disse durante a entrevista.

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Para que efetivamente sua gestão no governo Lula possa criar políticas públicas para engajar as pessoas nas práticas esportivas, ela entende que terá de realizar uma aproximação com outras áreas de governo, compartilhando objetivos conjuntos.

“E também tem a questão da prática e aí precisamos fazer com que a educação se comprometa conosco, assim como a saúde, a assistência social; o compromisso é de melhorar a vida das pessoas.”

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