Sisu chega a um milhão de inscrições; Mercadante nega vazamento

São Paulo – O Ministério da Educação divulgou no final da tarde de hoje (7) a informação de que 627 mil pessoas fizeram inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). […]

São Paulo – O Ministério da Educação divulgou no final da tarde de hoje (7) a informação de que 627 mil pessoas fizeram inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Como cada candidato pode fazer até duas opções de curso, o total de pedidos passa de um milhão em 16 horas – o site entrou no ar por volta de meia-noite, e na primeira hora já havia 80 mil candidatos inscritos. Segundo o MEC, vinte mil pessoas já estavam logadas antes da abertura do processo. 

Na primeira edição deste ano, a oferta de vagas chega a 129.319 em 3.752 cursos, com um total de 101 instituições públicas de educação superior que utilizarão as notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As inscrições serão encerradas às 23h59 do dia 11, sexta-feira. 

Durante a inscrição, o candidato tem de especificar, pela ordem de preferência, o curso ao qual pretende concorrer e de que forma: se por meio de cotas e outras políticas afirmativas ou pela ampla concorrência. Enquanto as inscrições estiverem abertas, o estudante pode alterar ou cancelar as opções já assinaladas.   

A primeira chamada de selecionados está prevista para o dia 14 de janeiro. Os convocados devem providenciar a matrícula nos dias 18, 21 e 22. A segunda chamada será divulgada no dia 28 deste mês, com matrícula em 1°, 4 e 5 de fevereiro. Os estudantes que não forem selecionados nas duas primeiras convocações podem aderir à lista de espera para concorrer a vagas remanescentes. O prazo de adesão vai de 28 deste mês a 8 de fevereiro. No dia 18 de fevereiro, ocorrerá a convocação, pelas instituições, dos candidatos em lista de espera.

Vazamento 

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, negou hoje (7) que tenha ocorrido vazamento e alteração de dados de candidatos.  “Nos primeiros minutos da abertura, quatro a cinco estudantes entraram na página que dava acesso a alguns dados. Não pode alterar nada, não tem nenhuma implicação ou desdobramento e foi imediatamente corrigido”, disse o ministro, ao final da posse dos reitores da Universidade Federal do Rio Grande (FURGS), Cleuza Maria Dias, e da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Mario Augusto Delpino.

Nos primeiros minutos de inscrições no Sisu, candidatos relataram em redes sociais uma falha que permitiu o acesso a dados pessoais e a notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de outros estudantes. “Foi um pequeno problema na abertura do processo de acesso, sem nenhuma implicação”, acrescentou.

O ministro também comentou sobre ações judiciais a respeito da correção das redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2012. Na semana passada, o MEC entrou com recurso no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) contra a decisão liminar da Justiça Federal no Ceará de determinar que fossem divulgados imediatamente os espelhos da correção das redações do Enem acompanhados das justificativas da pontuação. O tribunal acatou o pedido do ministério. “O edital foi lançado em maio e não houve nenhum questionamento. Foi estabelecido que todos os alunos teriam acesso pedagógico às redações no dia 6 de fevereiro. Não conheço nenhum outro vestibular que permita isso [o acesso aos espelhos da correção das redações]”, argumentou Mercadante.

Para o ministro, as considerações do desembargador Paulo Roberto de Oliveira Lima contra a liminar “falam pelo MEC”. Na decisão, o magistrado afirmou que “a exibição das provas às vésperas do Sisu, paralisando a administração, além de não dar ensejo aos recursos voluntários desejados pelo MPF, somente teria a serventia de justificar uma possível ida à Justiça contra as correções dadas às provas”. Para o desembargador, a liminar “desorganizaria a administração insuportavelmente” e lembrou também que ações contra Enem já foram analisadas e derrubadas pelo tribunal em outras ocasiões.

Mercadante pediu a compreensão dos estudantes com relação ao acesso à correção. “Nós estamos fazendo o máximo possível. Contratamos 40% a mais de corretores, demos um manual de correção para as competências específicas. Nós demos exemplos das melhores redações, o que nunca existiu no Enem até então. Colocamos uma instância a mais, uma banca, quando há conflito nas notas e discrepância na avaliação”, disse.

Com informações da Agência Brasil.