Ensino público

Escolas do Noroeste paulista também enfrentam superlotação, afirma Apeoesp

Professores estão indignados com as más condições de trabalho, falta de reajuste salarial, cortes em programas pedagógicos, e prometem greve

USPImagens

Segundo o sindicato, mais de 200 salas de aulas foram fechadas na região Noroeste do estado

São Paulo – Na região Noroeste de São Paulo, a exemplo do que vem ocorrendo em todo o estado, a situação de superlotação nas salas de aula da rede estadual de ensino também é uma realidade. Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Leandro Oliveira, os professores estão indignados e mobilizados para a greve, que deve ocorrer a partir de março.

“Aqui na nossa região, que abrange Pirangi, Palmares, Catanduva, Rio Preto, Bebedouro e Jaboticabal, já estamos com mais de 200 salas fechadas”, denuncia Leandro, que também é coordenador do sindicato na região, ao repórter Rafael Garcia, da Rádio Brasil Atual.

O fechamento das salas agrava o quadro de superlotação. O sindicato defende a lotação máxima de 25 alunos para o primeiro ciclo, do 1º ao 5º ano, 30 para o segundo ciclo, até o 9º ano e o máximo de 35 alunos para o ensino médio. Segundo Leandro, isso não vem acontecendo e, segundo denúncias, algumas salas chegam a ter 50, 60 alunos.

“Ano após ano, a política implementada pelo PSDB nesses mais de 20 anos no estado de São Paulo, eles não se preocupam muito com isso e superlotam as salas. E, este ano extrapolou.”

O coordenador da Apeoesp afirma, ainda, que a Secretaria Estadual da Educação vem reduzindo “projetos importantíssimos para a qualidade do ensino”, como o projeto Vence, em parceria com escolas técnicas e outros destinados à orientação dos professores.

O discurso é um e a prática é outra. A gente tem que lutar para rever isso, porque a qualidade do ensino das nossas crianças está correndo risco e pode ser prejudicada.”

A Apeoesp, em protesto realizado no final de janeiro e que reuniu cerca de 5 mil pessoas, aprovou indicativo de greve por melhores condições de emprego, a partir de março. A categoria cobra, ainda, reajuste salarial de 75,3% para equiparação com as demais categorias com formação superior, com jornada de 20 horas semanais de trabalho. Leandro Oliveira reafirma a disposição dos professores da região de lutar por essas melhorias.

Ouça a entrevista completa da Rádio Brasil Atual: