São Paulo – O calendário de reposição de aulas – devido à paralisação de professores estaduais de São Paulo entre 13 de março e 12 de junho – começa a ser definido por conselhos de escolas conforme diretrizes da Secretaria Estadual da Educação. Em entrevista hoje (25) para a Rádio Brasil Atual, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), afirma que a decisão representa uma conquista para o movimento.

“Não foi uma iniciativa da secretaria. Tive a oportunidade de ler o texto expedido e não continha nada relativo ao conselho de escolas”, diz. Para a dirigente, o fato de a decisão ser tomada em conjunto com pais e alunos dificulta agentes ligados ao governo, como diretores e supervisores, de impedir ou atrapalhar a reposição eficaz das aulas.

A Apeoesp garante que vai fiscalizar o processo para que ocorra da melhor maneira possível. Bebel reafirma a importância dos conselhos: “Acredito que o plano de reposição, passando pelo conselho de escola e acordando com pais dos alunos, é o importante e não o parecer dos supervisores”, observa.

Bebel acrescenta que a fiscalização ocorrerá em todo o estado. “A gente lida com supervisores que são verdadeiros capatazes. Lida com diretores que querem dificultar. Então, se precisar nós vamos ter que agir”, diz.

As faltas serão retiradas conforme as aulas forem repostas. Os professores continuam mobilizados por melhoria na qualidade de ensino e nas condições de trabalho e pretendem realizar na quarta-feira (1º)  nova paralisação, data-limite para a secretaria anunciar o reajuste salarial.

Ouça a entrevista para a Rádio Brasil Atual: