União

Estudantes e petroleiros se unem no Rio de Janeiro por destinação de verbas do pré-sal à educação

Manifestantes afirmam em frente à sede da Petrobras que verbas existem e são bilhões que devem ser investidos nas universidades

Reprodução/PT-RJ
Reprodução/PT-RJ
Estudantes protestaram por verbas para a educação no Rio de Janeiro

São Paulo – A manifestação pela educação no Rio de Janeiro terminou na noite desta terça-feira (13) em frente à sede da Petrobras. Petroleiros e estudantes se uniram no ato em frente à estatal em defesa da destinação das verbas do pré-sal para a educação e da sua utilização como fonte de investimento em ciência e pesquisa.

A união de estudantes e petroleiros teve a adesão de inúmeras categorias, como metalúrgicos, bancários e professores. “A gente veio para a Petrobras porque é um símbolo da luta pela soberania e pela educação”, afirma Simão Zanardi, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP). “Queremos o petróleo do pré-sal para financiar as universidades, a pesquisa, a escola pública, os alunos e professores”, afirma o dirigente.

“A Petrobras tem um presidente (Roberto Castello Branco) que quer privatizar essa empresa símbolo, um patrimônio público do nosso país”, disse Natalia Russo, secretária de Política Social e Formação do Sindipetro-RJ, em discurso em frente à sede da companhia.

“Tudo mudou depois de 2006, quando a gente descobriu o pré-sal e se tornou uma das maiores reservas petrolíferas do mundo. O  que eles querem é entregar esse patrimônio, a nossa Petrobras, que tanto fez pelo nosso país”, continuou a representante da Federação Nacional dos Petroleiros.

“O pré-sal significa bilhões de reais investidos em educação. O que eles dizem, que não tem verba para educação, é mentira. Eles escondem que existe a verba do pré-sal que pode ser utilizada pelo povo brasileiro. Nós somos uma empresa para além de qualquer governo, que é do Estado brasileiro. Não somos de governo nenhum, somos do povo. O que está em jogo não é só uma questão de verba, é uma questão ideológica. Eles querem transformar o país em exportador de óleo cru”, acrescentou Natalia.