Professores do RS seguem em greve contra parcelamento nos salários
Declarações do governo, que afirmou que menores salários serão os primeiros a serem pagos e 'integralizado' não convence a categoria. Movimento unificado dos servidores prepara mobilização para sexta-feira
Publicado 26/09/2017 - 11h56
“Em nenhum momento, o governador diz que vai pagar em dia”, contesta a presidenta do sindicato dos professores
São Paulo – Os professores da rede estadual do Rio Grande de Sul, em greve desde o dia 5 de setembro, realizaram nesta segunda-feira (25) mais um protesto em Porto Alegre por conta dos constantes atrasos e parcelamento nos salários.
Eles se concentraram em frente ao Tribunal de Justiça, para lembrar a ordem judicial emitida em setembro passado proibindo o parcelamento do salário dos educares. Há um ano, a determinação vem sendo descumprida pelo governo de José Ivo Sartori (PMDB). Do Tribunal, os professores caminharam até o Palácio Piratini, sede do governo gaúcho.
Também nesta segunda, o governador anunciou que os menores salários dos servidores serão os primeiros a serem pagos. Na sequência, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, disse que os salários mais baixos serão os primeiros a serem “integralizados”.
“Isso não quer dizer nada. Se o secretário diz que o governo vai integralizar os menores salários primeiro, quer dizer que virá parcelado de novo. Em nenhum momento, o governador diz que vai pagar em dia. Estão querendo nos enganar”, diz a presidenta do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers Sindicato), Helenir Aguiar Schürer.
Segundo a presidenta do Cpers, as declarações do governador e do seu secretário pretendem dividir a categoria e enfraquecer o movimento grevista, que segue crescendo em todo o estado. Além dos atrasos e parcelamentos, o sindicato afirma que a defasagem da remuneração dos professores chega a 82,42%.
Na sexta-feira (29), os professores e os demais servidores estaduais realizam assembleia, no ginásio Gigantinho, em Porto Alegre, e, na sequência, um encontro no Largo Glênio Peres deve reunir milhares de servidores contra a política de cortes promovida pelo governo Sartori.