Com recorde de participantes, Enem avança como critério de aprovação em universidades

Alunos do ensino público da Bahia no Enem 2010: democratização do acesso à universidade pública (Foto: ©Margarida Neide/A Tarde/Folhapress) São Paulo – Cerca de 5,3 milhões de estudantes, de 1.599 […]

Alunos do ensino público da Bahia no Enem 2010: democratização do acesso à universidade pública (Foto: ©Margarida Neide/A Tarde/Folhapress)

São Paulo – Cerca de 5,3 milhões de estudantes, de 1.599 municípios, farão neste fim de semana (22 e 23) a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O número bate novo recorde de inscrições, que no ano passado teve 4,6 milhões de alunos. O teste, cuja participação é voluntária, vem sendo cada vez mais usado como critério para admissão nas universidades federais.

Este ano as provas serão aplicadas em todo os estados, em ambos os dias, às 13h (horário de Brasília). As provas do sábado abordarão as áreas de ciências da natureza e ciências humanas. As de domingo serão de linguagens, redação e matemática. O endereço eletrônico para conferir o local de prova é o http://enem.inep.gov.br/.

Quase todas as universidades federais vão utilizar as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para selecionar os alunos que ocuparão as vagas oferecidas para o primeiro semestre de 2012. A adesão à prova cresce a cada ano, mas a forma como cada instituição aproveita o resultado do Enem varia.

Enquanto algumas instituições optaram por extinguir o vestibular e utilizar o exame como única forma de seleção, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), outras reservam apenas parte das vagas para o Enem e mantêm seus processos seletivos próprios.

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por exemplo, destina 5% das vagas para o exame, enquanto a de Viçosa (UFV) reserva 80% para o Enem e 20% para o seu processo de avaliação seriada.

Outro formato adotado é a substituição da primeira fase do vestibular pela prova do Enem, como faz a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desde o ano passado. “Um dos nossos objetivos [ao aderir ao Enem] era capilarizar o vestibular e isso de fato aconteceu. Tivemos candidatos de todas as partes do país e isso é muito bom em termos de mobilidade”, avalia a pró-reitora de Graduação da instituição, Antônia Vitória Aranha.

Segundo ela, a universidade não descarta a possibilidade de, no futuro, substituir totalmente o processo seletivo pelo Enem. “O Enem, sem dúvida, é um avanço”, completa.

Na Universidade de Brasília (UnB)o desempenho do aluno no Enem é usado apenas para preencher vagas remanescentes do seu vestibular tradicional. Em outras universidades, uma das possibilidades oferecidas ao candidato é utilizar o resultado do Enem para melhorar a nota do vestibular. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo, o participante faz a primeira fase e a nota do Enem pode compor 20% do resultado final.

“A gente ainda não discutiu a possibilidade de o Enem vir a substituir completamente a nossa primeira fase. Isso depende primeiro que haja uma estabilidade que nos permita acompanhar os resultados e compará-los com o da nossa primeira fase. Mas o Enem tem todas as características de uma boa prova”, avalia Maurício Kleinke , coordenador executivo da Comissão de Vestibular da Unicamp.

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As universidades públicas que aderem ao Enem como fase única – seja com todas as vagas ou parte delas – participam do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ferramenta criada pelo Ministério da Educação (MEC) para unificar a oferta e os processos de seleção. De posse da nota, o candidato pode se inscrever em diferentes instituições, avaliando qual é a sua chance de ser aprovado a partir das notas de corte divulgadas.

O total de vagas que serão oferecidas no Sisu para o primeiro semestre de 2012 só será divulgado em janeiro, quando o sistema deve entrar no ar. No primeiro semestre de 2010, 83 instituições participaram do sistema, com 83 mil vagas disponíveis

Com informações da Agência Brasil e do MEC