São Paulo

Taxa de desemprego se mantém estável, aponta pesquisa Seade/Dieese

Não houve criação de vagas em agosto, mas total de desempregados caiu porque número de pessoas à procura de trabalho diminuiu. Em 12 meses, taxa aumentou quase um ponto percentual

metalúrgicos abc

A indústria de transformação criou 39 mil vagas no mês (expansão de 2,4%) – em 12 meses

São Paulo – A taxa média de desemprego na região metropolitana de São Paulo ficou relativamente estável de julho (11,4%) para agosto (11,3%), segundo pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, divulgada hoje (24). O índice é maior que o de agosto do ano passado (10,4%). No mês, o número de desempregados teve pequena redução (menos 12 mil), basicamente pela saída de pessoas do mercado de trabalho, já que quase não houve criação de vagas. Em 12 meses, foram apenas 29 mil postos de trabalho abertos (expansão de 0,3%), enquanto 143 mil pessoas ingressaram na população economicamente ativa (PEA), que aumentou 1,3%. Com isso, houve acréscimo de 114 mil desempregados, crescimento de 10,1%, para um total estimado em 1,245 milhão.

A redução da taxa de desemprego ocorreu no conjunto de municípios da região metropolitana excluindo-se a capital (de 12,2% para 12%) e na cidade de de São Paulo (de 10,8% para 10,7%). Na região do ABC, a taxa subiu de 10,6% para 11,3%.

A indústria de transformação criou 39 mil vagas no mês (expansão de 2,4%) – em 12 meses, 14 mil (0,9%). A construção civil fechou postos de trabalho em agosto (-20 mil), mas no acumulado tem 21 mil a mais. Os serviços crescem nas duas bases de comparação (11 mil no mês e 123 mil em 12 meses), enquanto o setor de comércio e reparação de veículos cai (-9 mil e -141 mil, respectivamente).

Segundo a pesquisa, o emprego formal segue crescendo, mas em ritmo mais lento. São 50 mil vagas com carteira a mais em agosto (0,9%) e 64 mil em 12 meses (1,2%).

Estimado em R$ 1.870, o rendimento médio dos ocupados recuou 0,6% no mês. Na comparação anual, tem leve alta, de 0,2%.

O Seade e o Dieese deixaram de divulgar resultados da média das regiões metropolitanas, porque a pesquisa foi interrompida em Belo Horizonte e no Distrito Federal.

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