Mercado de trabalho

Taxa de desemprego em SP recua pelo 3º mês; ocupação estaciona

Segundo Seade/Dieese, região metropolitana não criou vagas, mas saída de pessoas do mercado fez diminuir o número de desempregados

newsci / reprodução

Indústria de transformação paulista fechou postos de trabalho, mas desemprego na região recua

São Paulo – A taxa média de desemprego na região metropolitana de São Paulo recuou pelo terceiro mês seguido, segundo a pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, e voltou a ficar em um dígito, o que não acontecia desde janeiro. Passou de 10,1%, em outubro, para 9,8% em novembro – em igual mês de 2013, a taxa foi de 9,4%. O mercado não criou vagas, mas a saída de pessoas da PEA (população economicamente ativa) fez diminuir o número de desempregados, agora estimado em 1,070 milhão.

De outubro para novembro, a PEA recuou 0,6%, o correspondente a menos 63 mil pessoas no mercado. A ocupação teve pequena variação negativa (-0,2%), ou 24 mil vagas a menos. Com isso, o total de desempregados caiu 3,5% (menos 39 mil).

Na comparação com novembro do ano passado, a PEA sobe ligeiramente (0,2%), com mais 19 mil pessoas no mercado, uma situação de estabilidade, considerado o universo de quase 11 milhões de pessoas (10,917 milhões). A ocupação recua 0,3% (menos 27 mil vagas) e o número de desempregados cresce 4,5% (mais 46 mil).

Pelos dados da pesquisa, a ocupação, que mede o volume de vagas, vem perdendo força há meses e teve variação negativa (-0,3%) pela primeira vez no ano. Em abril, por exemplo, cresceu 1,7%.

O comportamento é diferenciado conforme o recorte geográfico. No município de São Paulo, a taxa de desemprego não variou na passagem de outubro para novembro (9,6%), e o mesmo ocorreu no ABC (10,3%). Houve queda nos demais municípios, de 10,8% para 10,1%. Em relação a novembro de 2013, todas registram alta.

Entre os setores, a indústria de transformação fechou 34 mil postos de trabalho no mês (-2%) e a construção eliminou 21 mil (-2,8%). Também houve queda no segmento de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas: -0,9%, ou menos 14 mil vagas. Apenas os serviços tiveram alta, de 0,6%, com 35 mil empregos criados.

Na comparação anual, indústria e comércio fecham vagas: menos 74 mil (-4,3%) e menos 172 mil (-9,6%), respectivamente. O setor de serviços cresce 3,3% (182 mil postos de trabalho a mais) e a construção, 1,1% (acréscimo de 8 mil).

A formalização cresce, em ritmo menor. São 26 mil vagas com carteira assinada a mais no mês (0,5%) e 84 mil em 12 meses (1,6%).

O rendimento médio dos ocupados (estimado em R$ 1.891) ficou estável no mês. Em 12 meses, tem queda de 3,5%.