Mercado de trabalho

Taxa de desemprego tem terceira alta seguida em São Paulo

Mais pessoas saíram à procura de trabalho, enquanto mercado fechou vagas na indústria e no setor de serviços, que vinha sustentando o nível de emprego na região metropolitana. Rendimento caiu

Gilson Abreu/AEN/Divulgação

Indústria foi um dos setores com queda na ocupação

São Paulo – Com maior pressão no mercado de trabalho (mais pessoas à procura de serviço), a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu pela terceira vez seguida e atingiu 12,4% em abril, um ponto percentual acima do mês anterior, segundo pesquisa da Fundação Seade e do Dieese. O número de desempregados cresceu 9,7% de um mês para o outro e foi estimado em 1,367 milhão, acréscimo de 121 mil. Isso aconteceu porque mais pessoas entraram no mercado (96 mil), que por sua vez fechou 25 mil postos de trabalho, com cortes na indústria e no setor de serviços.

Na comparação com abril do ano passado, há 69 mil ocupados a menos na região metropolitana, queda de 0,7%, para um total de 9,659 milhões. O contingente de desempregados cresce 7%, o correspondente a um acréscimo de 90 mil. A ocupação acumulada em 12 meses registrou o sexto resultado negativo consecutivo – o número de empregados tem sido menor que igual mês do ano anterior.

Os setores que fecharam vagas em abril foram a indústria de transformação (52 mil, queda de 3,2%) e os serviços (24 mil, retração de 0,4%). A construção civil abriu 46 mil postos de trabalho, alta de 7,1%, enquanto o comércio/reparação de veículos ficou próximo da estabilidade (-0,2%, ou 4 mil empregos a menos). Na comparação anual, indústria (-30 mil), construção (-5 mil) e comércio (-31 mil) cortaram vagas, enquanto o setor de serviços, que vinha sustentando o nível de emprego na região, ficou estável.

O emprego formal assinada manteve crescimento, mas em ritmo bem menor: cresceu 0,5% no mês (mais 25 mil postos de trabalho com carteira assinada) e 1,3% em 12 meses (acréscimo de 69 mil). Os assalariados com carteira representam 55,4% do total de ocupados na região.

Segundo a pesquisa, o rendimento médio dos ocupados, estimado em R$ 1.893, caiu 1,8% de fevereiro para março (nesse item, é sempre considerado o mês anterior). Em 12 meses, a queda é de 8,7%.