Parada

Produção industrial fica perto da estabilidade, ainda sem recuperar perdas recentes

Segundo o IBGE, em pesquisa que abre nova série histórica, atividade em janeiro varia 0,3% sobre igual mês de 2022. E -0,2% em um ano

Rodrigo Nunes/Ascom-MS
Rodrigo Nunes/Ascom-MS
Setor de produtos farmoquímicos e farmacêuticos cai no mês, mas registra alta em relação ao ano passado

São Paulo – A produção industrial variou -0,3% do último mês de 2022 para o primeiro deste ano, segundo o IBGE. Na comparação com janeiro do ano passado, tem ligeira elevação (também 0,3%). A atividade em 12 meses fica perto da estabilidade, com -0,2%. Os dados da pesquisa, que abre nova série histórica, foram divulgados nesta quinta-feira (30).

Assim, no mês, de acordo com o instituto, três das quatro categorias registrara redução. Dos 25 ramos pesquisados, 14 tiveram alta e 11, queda.

Nesse segundo caso, o IBGE destaca produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6%), produtos alimentícios (-2,1%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,5%). Entre as altas, o setor extrativo (1,8%) e borracha/material plástico (1,6%).

Produção de alimentos e de veículos

Já na comparação com janeiro de 2022, a produção avançou em duas das quatro categorias, nove dos 25 ramos, 38 dos 80 grupos e 47,1% dos 789 produtos pesquisados. Segundo o IBGE, as principais influências positivas vieram de produtos alimentícios (4,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (34,1%), indústrias extrativas (2%) e outros equipamentos de transporte (27%). O segmento de veículos automotores subiu 2,2%.

Por sua vez, das 16 atividades com retração, destaque para produtos de minerais não metálicos (-10,6%) e produtos de madeira (-21,5%). Além de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,6%).

“Embora a produção industrial tenha mostrado alguma melhora de comportamento no fim do ano, uma vez que marcou saldo positivo nos últimos meses de 2022, inicia o ano de 2023 com perda na produção, e permanece longe de recuperar as perdas do passado recente”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.