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Produção industrial fica estagnada em novembro e deverá terminar o ano de 2022 em queda

Setor têxtil, material elétrico e eletrodomésticos caem, setor de produtos alimentícios e veículos têm alta

Acervo IBGE
Acervo IBGE
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São Paulo – A produção industrial voltou a patinar em novembro, com variação de -0,1%, segundo informou o IBGE nesta quinta-feira (5). Na comparação com igual mês de 2021, a atividade sobe 0,9%, de forma bem menos intensa do que em outubro. Agora, a produção brasileira acumula queda de 0,6% no ano e de 1% em 12 meses.

Segundo o instituto, entre as reduções no mês estão as do setor extrativo (-1,5%), produtos têxteis (-5,4%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,8%). Tiveram alta segmentos como produtos alimentícios (3,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,4%), bebidas (10,3%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,8%).

Já na comparação com novembro de 2021, a produção teve resultado positivo nas quatro categorias econômicas, em 12 dos 26 ramos, 33 dos 79 grupos e 39,8% dos 805 produtos pesquisados. Destaque para produtos alimentícios (8,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (13,1%), além de bebidas (5,8%), de coque/petróleo (1,9%) e celulose, papel e produtos de papel (2,8%). Entras reduções, artigos do vestuário (-15,5%), produtos de madeira (-25,1%) e indústrias extrativas (-2,9%).

Queda no acumulado do ano

De janeiro a novembro, ante igual período do ano anterior, o setor industrial teve resultado negativo nas quatro categorias econômicas, em 16 dos 26 ramos, 54 dos 79 grupos e 61,1% dos 805 produtos. Assim, o IBGE apontou as principais influências negativas em indústrias extrativas (-3,2%), produtos de metal (-9,8%), metalurgia (-4,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,9%) e produtos de borracha e de material plástico (-6,0%). Produtos têxteis (-12,9%) e móveis (-17,2%) também caíram.

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Nas atividades em crescimento, novamente coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,6%), produtos alimentícios (2,4%) e veículos automotores. “Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os onze meses de 2022 mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-3,2%), pressionada pela redução na fabricação de eletrodomésticos (-13,8%), especialmente os da “linha branca” (-18,8%)”, informou o instituto.