Preços dos alimentos sobem e dos combustíveis caem, e inflação acumulada volta a ceder
Cebola, arroz e carnes ficaram mais caros, assim como a conta de luz. Mas essa alta foi compensada com a queda em outros produtos. Assim, a inflação é de 4,68% em 12 meses, menor que no período anterior
Publicado 12/12/2023 - 11h25
São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, foi de 0,28% no mês passado, pouco acima de outubro (0,24%) e bem abaixo de novembro de 2022 (0,41%). Com isso, segundo o IBGE, soma 4,04% no ano e 4,68% em 12 meses, novamente menor do que no período imediatamente anterior. Os resultados do IPCA e do INPC (veja abaixo) foram divulgados na manhã desta terça-feira (12). E indicam que a inflação de 2023 será a menor em três anos.
O destaque de alta em novembro foi o grupo Alimentação e Bebidas: 0,63%, praticamente o dobro do mês anterior. Ainda assim, no acumulado do ano esse grupo tem variação negativa (-0,08%).
Cebola sobe, tomate cai
O IBGE destaca produtos como cebola (alta de 26,59% em novembro), batata inglesa (8,83%), arroz (3,63%) e carnes (1,37%). Entre as quedas, tomate (-6,69%), cenoura (-5,66%) e leite longa vida (-0,58%).
De acordo com o instituto, a alimentação fora do domicílio subiu menos em relação a outubro: de 0,42% para 0,32%. A alta da refeição ficou em 0,34%, menor que mês anterior, enquanto a do lanche teve variação próxima (0,20%).
Energia mais cara, gasolina diminui
Já no grupo Habitação (0,48%), os preços da energia elétrica residencial subiram 1,07%. Houve reajuste de tarifa em Goiânia, Brasília, São Paulo e Porto Alegre. E o aumento da taxa de água e esgoto (1,02%) teve influência de reajustes em Fortaleza e no Rio de Janeiro. Por sua vez, o gás encanado registrou alta (0,29%) após aumento também no Rio.
Em Transportes (0,27%), o IBGE aponta aumento de 19,12% nos preços de passagens aéreas. Esse item, sozinho, representou impacto de 0,14 ponto percentual na taxa do mês. Já os preços da gasolina (-1,69%) e do etanol (-1,86%) caíram, enquanto os do óleo diesel (0,87%) e do gás veicular (0,05%) tiveram alta.
Táxi, ônibus, trem
O custo do táxi também subiu (2,22%), com reajustes em São Paulo e Porto Alegre. Itens como metrô, ônibus e trem tiveram redução de 6,45% depois da gratuidade nos transportes metropolitanos, em São Paulo, nos dias de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por outro lado, em Salvador houve alta no ônibus urbano e na integração transporte público após reajustes.
Entre as áreas pesquisadas, o menor índice foi o de São Luís (-0,39%) e o maior, do Rio (0,57%). Em 12 meses, o IPCA varia de 2,28% (São Luís) a 5,21% (Rio). Na Grande São Paulo, soma 4,64%.
INPC: 3,85% em 12 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,10%, abaixo de outubro e de novembro do ano passado. Assim, soma 3,14% no ano e 3,85% em 12 meses.
Segundo o IBGE, os produtos alimentícios subiram 0,57%, ante 0,23% no mês anterior. Já os não alimentícios foram de 0,09% para -0,05%.
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