Mão na roda

Mulheres motoristas de aplicativos terão gasolina ‘a preço justo’ nesta segunda em SP

Ação para celebrar o Dia Internacional da Mulher também marca o quarto dia da greve dos petroleiros

Reprodução/CC
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Com venda solidária, trabalhadores de aplicativos poderão abastecer pagando R$ 3,50 no litro da gasolina

São Paulo – O Sindicato dos Petroleiros Unificado de São Paulo (Sindipetro-SP) promove nesta segunda-feira (8) mais uma venda solidária de combustível para mulheres motoristas de aplicativos em São Paulo. Elas terão o direito de abastecer pagando R$ 3,50 num posto no centro da capital paulista. Além de celebrar o Dia Internacional da Mulher, a venda de combustíveis “a preço justo” também marca o quarto dia de greve dos petroleiros em São Paulo.

As motoristas de aplicativos poderão adquirir até 20 litro do combustível. A ação ocorre a partir das 13h, no Auto Posto Cidade, que fica na rua Frederico Alvarenga, 65, no centro da capital paulista.

De acordo com os petroleiros, este deveria ser o preço médio praticado nos postos de todo o Brasil. Os valores foram definidos a partir de estudos elaborados por técnicos e economistas. E levam em consideração os preços e custos da Petrobras, além da garantia de lucratividade das empresas produtoras, distribuidoras e revendedores.

A venda de combustíveis “a preço justo” serve para criticar a política de Paridade de Preço Internacional (PPI) implementada pela Petrobras desde 2016. Na semana passada, foram vendidos 22 mil litros de gasolina em nove estados do país. Além disso, os petroleiros, em parceria com a CUT e movimentos sociais, também ofereceram descontos no óleo diesel e no gás de cozinha.

Como resultado do PPI, em função da subida do preço do barril de petróleo no mercado internacional e a desvalorização do real, os preços dos combustíveis explodiram. A gasolina registra alta acumulada de 41,5% somente em 2021. No diesel, o aumento chega a 34,1%.

Greve

Na última sexta-feira (5), os petroleiros decidiram entrar em greve em pelo menos seis estados. Desde então, os trabalhadores cruzaram os braços no Amazonas, Bahia, Espírito Santo e São Paulo. Em Pernambuco e Minas Gerais, as paralisações devem ter início nos próximos dias. Além da privatização fatiada de subsidiárias da Petrobras, os trabalhadores reclamam da piora das condições de trabalho. Eles afirmam que o assédio moral virou “ferramenta de gestão”, utilizada pela direção da empresa para pressionar os trabalhadores.