Caged

Mercado formal mostra ritmo lento e cria 29 mil vagas com carteira em janeiro

Saldo entre contratações e demissões, embora pequeno, foi um pouco superior ao de igual mês de 2013. Em 12 meses, total chega a 1,046 milhão. Desde 2011, são 4,5 milhões

sindmetau/reprodução

Indústria de transformação abriu 38.516 vagas, representando uma expansão de 0,46%

São Paulo – O país criou 29.595 vagas com carteira assinada em janeiro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgado na tarde de hoje (20). O saldo entre contratações (1,778 milhão) e demissões (1,748 milhão), embora pequeno, é um pouco superior ao de igual mês do ano passado (28.900). Em 12 meses,o saldo é de 1.045.848 postos de trabalho formais, crescimento de 2,64%. Desde janeiro de 2011,o total chega a 4.511.820. O estoque atinge 41 milhões de empregos.

O resultado de janeiro mostrou três setores com alta no emprego com carteira. A indústria de transformação abriu 38.516 vagas (expansão de 0,46%), a construção civil criou 38.058 (1,12%, o maior crescimento percentual) e os serviços, 24.681 (0,15%). A administração pública teve saldo de 1.193 (0,13%).

O comércio eliminou 78.118 postos de trabalho (-0,85%), em parte devido ao fim do período de contratações temporárias. Os dados do Caged apontam retração de 1,08% no comércio varejista (-82.751 vagas, sendo 33.473 em artigos do vestuário e acessórios).

Embora com saldo menor do que em janeiro de 2013 (43.370), a indústria teve resultado considerado positivo, com expansão do emprego em dez dos 12 segmentos. Alguns dos destaques foram calçados (8.942 vagas, alta de 2,69%), com saldo recorde para o período, a indústria mecânica (7.740, crescimento de 1,17%, melhor resultado para janeiro em três anos) e têxtil (6.177, aumento de 0,6%). Fecharam vagas os segmentos de material de transporte ( – 1.092, ou – 0,18%) e produtos alimentícios (-1.088, -0,06%).

Em 12 meses, os serviços abrem 541.853 vagas com carteira (3,32%) e o comércio cria 283.443 (3,2%). A indústria tem saldo de 109.273 (1,31%) e a administração pública, de 20.373 (2,29%). A agricultura fecha 5.953 (-0,38%).

O ministro Manoel Dias afirmou que os dados do Caged indicam tendência positiva do mercado e apontam continuação do movimento de expansão, ainda que em ritmo mais lento. Ele estima que o saldo de 2014 fique em torno de 1,4 milhão.