Ênfase

Jean Paul Prates reafirma compromisso com campanha exploratória da foz do Amazonas

“Como em outros assuntos, tentam criar crise onde não há. O projeto vem sendo enfática e diligentemente defendido nos devidos fóruns e instâncias”, disse Prates em resposta a críticas de que não estaria sendo enfático no tema

Tomaz Silva / Agência Brasil
Tomaz Silva / Agência Brasil
Prates: “A Petrobras tem como prioridade exploratória (busca de novas reservas) a Margem Equatorial brasileira"

São Paulo – O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, manifestou-se em sua conta no Twitter neste domingo (30) em defesa do compromisso da empresa estatal com a questão da exploração de petróleo na foz do rio Amazonas. “Uma das diversas aleivosias que vimos nesta semana de desbragada, ainda que ineficaz, campanha de desestabilização da atual gestão da Petrobras foi a de que não estaríamos sendo enfáticos na defesa da campanha exploratória da Foz do Amazonas”, disse Prates.

“Como em outros assuntos, tentam criar crise onde não há. O projeto vem sendo enfática e diligentemente defendido nos devidos fóruns e instâncias. E perante a opinião pública também nos posicionamos muito claramente desde abril”, afirmou ainda.

Na postagem, Prates também destacou que a condução de um pedido de licenciamento socioambiental relativo a um projeto sensível e relevante como a perfuração de um poço pioneiro em nova fronteira exploratória como a Foz requer muita responsabilidade e sobretudo respeito aos órgãos ambientais envolvidos (federal e estaduais), às comunidades e aos governos locais.

“A campanha exploratória proposta pela Petrobras para a Margem Equatorial começa por um conjunto de poços investigativos em fila. Uma mesma sonda deverá perfurá-los à medida que cada licenciamento for sendo concluído”, esclareceu.

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“A Petrobras tem como prioridade exploratória (busca de novas reservas) a Margem Equatorial brasileira. Será importante para a reposição de nossas reservas que nos levarão a financiar a transição energética”, escreveu ainda.

Para ele, nenhuma outra operadora de petróleo e gás do mundo “está mais capacitada a perfurar em águas profundas e ultraprofundas o litoral norte do nosso País, de forma social e ambientalmente comprometida com o presente e o futuro das comunidades e populações do Norte e do Nordeste”.

Questão polêmica

A polêmica em torno da exploração da foz do Amazonas surgiu depois que o Ibama indeferiu a exploração na Margem Equatorial, que fica a 175 quilômetros da costa do Amapá. Em maio, a estatal disse que havia recebido  “com surpresa” a notícia de indeferimento do processo de licenciamento ambiental do bloco FZA-M-59, a mais de 500 quilômetros de distância da foz do rio Amazonas.

O Ibama alegou que o projeto da Petrobras ainda apresentava “inconsistências preocupantes” para a operação segura em área de “alta vulnerabilidade socioambiental”. O órgão condicionou a exploração da região à realização de Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS), estudo amplo a cargo dos ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente.

Confira vídeo em que Prates fala sobre a foz do Amazonas