Compromisso

Petrobras ficará na Bahia, afirma Jean Paul Prates

Presidente da estatal visitou a sede da Petrobras na Bahia, se encontrou com trabalhadores e aposentados, e sinalizou para o fortalecimento da presença da companhia no estado

Divulgação
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Prates prometeu retomar as operações da Petrobras no Polo Bahia

São Paulo – O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu ontem (12) o fortalecimento da estatal na Bahia. Ele se reuniu com trabalhadores, aposentados e pensionistas da categoria, em encontro promovido pelo Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-BA). Nesta segunda-feira (13), ele visitou a Torre Pituba, sede da Petrobras no estado.

No encontro, os petroleiros reivindicaram, por exemplo, a manutenção do controle da Petrobras sobre o Polo Bahia Terra. São campos de petróleo terrestre que as gestões anteriores da Petrobras incluíram no programa de privatização da empresa. Além disso, os campos foram interditados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), por falta de segurança, em dezembro.

Os 28 campos terrestres podem produzir até 15 mil barris de óleo equivalente por dia. As empresas PetroReconcavo e Eneva negociavam a compra do polo. Mas, no início do mês, o Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou que suspendeu por 90 dias a venda de todos os ativos da estatal. Na ocasião, Federação Única dos Petroleiros (FUP) comemorou a decisão. Mas disse que é preciso ir além, suspendendo definitivamente as privatizações em curso.

Além disso, Prates afirmou hoje que a Petrobras vai incluir o Polo Bahia no seu novo plano estratégico, “com a retomada das operações, novos investimentos e o fortalecimento de outras matrizes”.

Negócio das Arábias

Nesse sentido, os petroleiros também reivindicam o “cancelamento” das vendas de ativos nos últimos anos. No final de 2021, o governo Bolsonaro concluiu a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam). Trata-se da mais antiga refinaria da Petrobras, que fica em São Francisco do Conde.

Adquirida pelo Mubadala Capital – fundo dos Emirados Árabes Unidos –, a privatização da Rlam voltou à tona em meio ao escândalo das joias presenteadas pelo governo saudita que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou se apropriar indevidamente. A suspeita é que as joias no valor de R$ 16,5 milhões sejam uma espécie de propina pela refinaria, que foi privatizada pela metade do seu valor de mercado. Prates, no entanto, não tratou da possibilidade de reverter a venda da Rlam.

Os petroleiros também reivindicaram a garantia da permanência dos trabalhadores da Petrobras na Bahia, incluindo aqueles em home office e os que foram transferidos. Por conta das transferências e demissões, a Petrobras anunciou, em meados de 2021, o fechamento da Torre Pituba. A estatal chegou a transferir os empregados do administrativo para um escritório alugado num espaço de coworking.

Como resposta, Prates anunciou a revisão e suspensão das transferências compulsórias. Além disso, ele lamentou que a Torre Pituba, que conta com certificado de sustentabilidade energética, esteja “hibernando”. Para o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, a visita de Prates sinaliza para o fortalecimento dos investimentos da Petrobras no estado.


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