Inflação

IPCA sobe menos em fevereiro, mas taxa acumulada é a maior em dez anos

Com alta de 8,42%, só a gasolina representou um quarto do índice total. Outros combustíveis também aumentaram, assim como tarifas de transporte

portal transporta brasil/divulgação

Além da gasolina (8,42%), o óleo diesel subiu 5,32% e o etanol, 7,19%

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro variou 1,22%, próximo ao resultado de janeiro (1,24%) e bem acima ao de igual mês do ano passado (0,69%). No primeiro bimestre, a taxa soma 2,48%, duas vezes que em igual período de 2014 (1,24%). E o acumulado em 12 meses foi a 7,7%, taxa mais alta desde maio de 2005 (8,05%). Os resultados foram divulgados hoje (6) pelo IBGE.

Segundo o instituto, o destaque individual do mês foi a gasolina, com alta de 8,42%. Sozinho, esse item representou 0,31 ponto percentual no índice geral, ou um quarto do IPCA de fevereiro. O grupo Transportes subiu 2,2%, com impacto de 0,41 ponto, com elevações, além da gasolina, do óleo diesel (5,32%) e do etanol (7,19%). Também tiveram aumento itens como trem (3,1%), automóvel novo (2,88%), ônibus urbano (2,73%), metrô (2,67%), ônibus intermunicipal (1,68%), táxi (1,21%) e conserto de automóvel (1,2%).

O grupo Alimentação e Bebidas subiu menos no mês passado, com variação de 0,81%, ante 1,48% em janeiro. Alimentos consumidos fora de casa tiveram alta maior do que a dos consumidos em casa (0,95% e 0,74%, respectivamente). Alguns alimentos aumentaram mais de janeiro para fevereiro, como cenoura (14,41%), feijão mulatinho (10,47%), cebola (9,92%), ovo (4,76%) e pão francês. Tiveram altas menores produtos como tomate (7,43%) e feijão carioca (6,87%).

A maior alta entre os grupos foi em Educação: 5,88%. De acordo com o IBGE, isso reflete reajustes praticados no início do ano letivo, particularmente em mensalidades dos cursos regulares (7,24%). Em cursos diversos, como idioma e informática, a elevação foi de 7,14%.

No grupo Habitação (alta de 1,22%), o item energia elétrica variou 3,14%. O instituto destaca ainda as altas de condomínio (0,99%), mão de obra para pequenos reparos(0,92%), gás de botijão (0,91%), artigos de limpeza (0,81%) e aluguel residencial (0,64%).

Entre as regiões metropolitanas, os maiores índices foram apurados em Salvador (1,66%) e Recife (1,64%), com pressão de alimentos e da gasolina. O menor foi registrado em Brasília (0,57%). O IPCA variou 1,25% em São Paulo, 1,19% no Rio de Janeiro, 1,08% em Belo Horizonte e 1,13% em Porto Alegre.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 1,16%, ante 1,48% em janeiro e 0,64% em fevereiro do ano passado. A taxa soma 2,66% no primeiro bimestre (1,27% em 2014). Em 12 meses, vai 7,68%, ante 7,13% período imediatamente anterior.