Inflação

Alimentos, escolas e tarifa de ônibus pressionam, e IPCA-15 mantém alta

Itens de alimentação, transporte e educação pressionaram o índice no segundo mês do ano e responderam por 75% do resutado. Taxa em 12 meses chega a 10,84%, a maior desde novembro de 2003

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), “prévia” da inflação oficial, manteve o ritmo de alta em fevereiro, com variação de 1,42%, acima tanto do mês anterior (0,92%) como de fevereiro de 2015 (1,33%). Foi a maior taxa para o mês desde 2003, segundo o IBGE, que divulgou os resultados hoje (23). Com isso, o índice acumulado em 12 meses atinge 10,84%, o maior desde novembro de 2003.

De acordo com o instituto, as pressões mais fortes vieram de três grupos: Alimentação e Bebidas (alta 1,92%), com impacto de 0,49 ponto percentual, Transportes (1,65%), com 0,30 ponto, e Educação (5,91%), 0,27 ponto. Somados, esses grupos representaram 75% do IPCA-15 de fevereiro (1,06 ponto).

Em Educação, a alta refletiu “os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, item que subiu 7,41%”, diz o IBGE, citando o caso de maior impacto individual no mês (0,21 ponto). As altas variaram de 3,99% (região metropolitana de Recife) a 10,88% (Rio de Janeiro). Já os cursos diversos, como os de idiomas e informática, variaram 5,53%.

Os preços de vários alimentos continuaram subindo, com destaque para cenoura (24,26%), cebola (14,16%), tomate (14,11%), alho (13,08%), farinha de mandioca (12,20%) e  hortaliças (8,66%).

As tarifas de ônibus urbanos subiram 5,69%, aponta o instituto, que cita ainda “aumentos expressivos ” nos casos do trem (6,12%), metrô (5,27%), ônibus intermunicipais (5,04%) e táxi (3,65%). Os combustíveis também pressionaram o índice, com aumentos de 4,92% no litro de etanol e 1,20% na gasolina.

O IBGE também destaca altas de itens como TV, Som e Informática (3,43%), cigarro (2,61%), higiene pessoal (1,64%), taxa de água e esgoto (1,64%), serviços médicos e dentários (1,45%), artigos de limpeza (1,40%) e plano de saúde (1,06%).

Entre as regiões, o maior índice foi apurado em Salvador (2,26%), com alta de 4,59% nos alimentos. O menor foi o de Brasília (1,01%), onde houve queda de 13,14% no item passagens aéreas. Em todos os casos, a taxa de superior ficou acima do mês anterior. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, passou de 0,95%, em janeiro, para 1,24%. No Rio, de 1,14% para 1,62%, em Belo Horizonte de 0,79% para 1,32% e em Porto Alegre, de 1,02% para 1,45%.

O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 9 de março.


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