Inflação

Inflação sobe 0,41% em novembro movida por combustíveis, alimentos e energia

Com altas em todas as regiões e quase todos os grupos, índice oficial de inflação soma 5,90% em 12 meses. Já o INPC atinge 5,97%

Reprodução/Montagem RBA
Reprodução/Montagem RBA
Combustíveis e energia foram dois dos vários itens em alta no mês passado, de acordo com o IBGE

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial – subiu 0,41% em novembro, abaixo do mês anterior (0,59%), informou nesta sexta-feira (9) o IBGE. Agora, o indicador oficial de inflação no país soma 5,13% no ano e 5,90% em 12 meses. Combustíveis, alimentos e energia elétrica estão entre as principais altas.

Assim, sete dos nove grupos que compõem o IPCA tiveram elevação no mês passado. Transportes (0,83%) e Alimentação e Bebidas (0,53%) contribuíram com 0,17 e 0,12 ponto percentual, respectivamente. Ou seja, foram responsáveis pela maioria parte do resultado.

Gasolina e etanol em alta

O IBGE aponta o aumento de 3,29% no preço médio dos combustíveis. Subiram etanol (7,57%), gasolina (2,99%) e óleo diesel (0,11%). A exceção foi o gás veicular (-1,77%). Com isso, a gasolina representou o maior impacto individual no mês (0,14 ponto).

Ainda no grupo Transportes, destaque para itens como emplacamento e licença (1,72%), automóvel novo (0,50%) e seguro voluntário de veículo (0,97%). Somados, contribuíram com 0,07 ponto. Já os preços das passagens aéreas recuaram 9,80%, após duas altas seguidas.

Cebola, frutas e tomate: aumento

Por sua vez, o grupo Alimentação e Bebidas teve alta puxada pelos alimentos para consumo no domicílio. A cebola subiu 23,02% e o tomate, 15,71% – esses itens já haviam registrado aumento em outubro. O instituto também apurou elevação nas frutas (2,91%) e no arroz (1,46%).

Já o leite longa vida caiu 7,09%. Ainda acumula 31,20% no ano, mas essa alta já foi bem maior (77,84%). Também caíram os preços médios do frango em pedaços (-1,75%) e do queijo (-1,38%). E a variação da alimentação fora do domicílio subiu menos, de 0,49% em outubro para 0,39% – a refeição foi de 0,61% para 0,36%, enquanto o lanche passou de 0,30% para 0,42%.

O Dieese já havia apurado alta nos preços da cesta básica. O aumento foi generalizado pelo país.

Roupas e plano de saúde

No grupo Vestuário (1,10%), quase todos os itens tiveram variação positiva. A exceção foi o item joias e bijuterias (-0,10%). Aumentaram, por exemplo, os preços de roupas femininas (1,46%) e infantis (1,34%), além de calçados e acessórios (1,03%). Segundo o IBGE, esse grupo acumula alta de 18,65% em 12 meses.

Em Saúde e Cuidados Pessoais (0,02%), houve desaceleração, principalmente por causa dos artigos de higiene pessoal: de 2,28% para -0,98%. Entre esses itens, perfumes (-4,87%) e artigos de maquiagem (-3,24%). Mas os planos de saúde subiram 1,20%, com impacto de 0,04 ponto na taxa geral do mês.

Aluguel e energia também sobem

No grupo Habitação (0,51%), destaque para as altas do aluguel residencial (0,80%) e da energia elétrica residencial (0,56%). Houve reajustes de tarifa em Brasília e Porto Alegre. A taxa de água e esgoto também subiu (0,58%), om aumentos no Rio de Janeiro e em Belém. Entre as quedas, gás de botijão (-0,37%) e encanado (-0,70%, com redução na tarifa cobrada no Rio).

Todas as áreas pesquisadas para o cálculo da inflação tiveram alta em novembro. O IPCA variou de 0,09% (Vitória) a 1,03% (Brasília). No acumulado em 12 meses, a taxa vai de 3,90% (Porto Alegre) a 7,04% (Rio). Na região metropolitana de São Paulo, foi de 0,40% em novembro e 6,69% em 12 meses.

INPC soma 5,97%

Indicador na inflação mais usados como referência para negociações salariais, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,38% em novembro, ante 0,47% em outubro. Com esse resultado, acumula alta de 5,21% no ano e de 5,97% em 12 meses.

Os produtos alimentícios passaram de 0,60% para 0,55%. Já os não alimentícios foram de 0,43% para 0,32%.

Em 12 meses, a taxa vai de 3,34% (Porto Alegre) a 7,67% (Salvador). Na Grande São Paulo, fica em 7,13%.