IPCA e INPC

Inflação desacelera em agosto, mas acumulada em 12 meses sobe

Alta em Educação e Saúde puxam variação mensal, mas queda no grupo Alimentação garante recuo de julho para agosto. Em 12 meses, IPCA chega a 8,97% e o INPC, a 9,62%

Embrapa e MEC/Arquivo

Depois de sucessivas altas expressivas feijão, enfim, recuou. Aumento dos cursos pagos puxam alta em Educação

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,44%. A variação de preços desalecerou em relação ao mês anterior (foi de 0,52% em julho). Mas foi maior que o percentual de agosto do ano passado (0.22%). Nos últimos 12 meses, a alta acumulada chega a 8,97% (em agosto do ano alcançou 8,74%). Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE.

O índice mensal foi influenciado principalmente pelas taxas de 0,99% no item Educação, 0,96% das Despesas Pessoais e de 0,8% de Saúde e cuidados pessoais. Já a variação do grupo Alimentação e Bebidas, com queda de 1,32% em julho para 0,3% em agosto, contribuiu para o recuou do índice. Entre os produtos que contribuíram para conter a taxa destacam-se a batata-inglesa (-8%) e o feijão-carioca (-5,60%, ante alta de 35% em julho). Ainda assim, o feijão-carioca, que exerceu forte pressão nos os últimos meses, ainda acumula alta de 136,57% no ano.

Além de Alimentação e Bebidas (de 1,32% em julho para 0,30% em agosto), outros três grupos, dos nove pesquisados, mostraram desaceleração: Artigos de Residência (de 0,53% para 0,36%), Transportes (de 0,40% para 0,27%) e Comunicação (de 0,02% para -0,02%). A desaceleração do grupo Transportes se deve, em grande parte, às passagens aéreas, com queda de 3,85% em média.

INPC fica em 0,31%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também divulgado pelo IBGE, apresentou variação de 0,31% em agosto e ficou abaixo da taxa de 0,64% de julho. Com esse resultado o acumulado dentro de 2016 foi para 6,09%, bem menos do que os 7,69% registrados em igual período do ano anterior. Considerando os últimos 12 meses, o índice está em 9,62%. Em agosto de 2015, o INPC fora de 0,25%.

O INPC acumulado dos últimos 12 meses completados em agosto costuma ser o indicador tomado como referência para as categorias profissionais com data-base em 1º de setembro.