Inflação

Preços de alimentos caem, e IPCA-15 tem menor taxa para outubro desde 2009

Taxa foi de 0,19%, segundo o IBGE. Em 12 meses, 'prévia' da inflação oficial perde força e atinge 8,27%

Tetrapack/Divulgação

Recuo de 8,49% no preço do longa vida pesou na queda da inflação calculada pelo IBGE em outubro

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), “prévia” da inflação oficial, variou 0,19% neste mês, na menor taxa para outubro desde 2009. A taxa acumulada no ano chega a 6,11%, ante 8,49% em igual período de 2015. Em 12 meses, o IPCA-15 passou de 8,78% para 8,27%.

O grupo Alimentação e Bebidas voltou a cair (-0,25%) e teve a principal influência para o resultado geral: -0,06 ponto percentual. Segundo o IBGE, que divulgou os dados hoje (21), os preços de alimentos para consumo em casa caíram 0,57%, chegando a -1,72% na região metropolitana de Curitiba, -1,57% no Distrito Federal e -1,53% em Porto Alegre.

Entre os produtos, o instituto destacou o impacto de -0,11 ponto do leite longa vida, cujo preço recuou 8,49%. Em Curitiba, a queda chegou a 18,82%. Só houve alta em Salvador (0,34%). Também caíram os preços de batata inglesa (-13,03%), hortaliças (-6,18%) e feijão carioca (-6,17%). Na outra ponta, com alta de 2,45%, as carnes tiveram contribuição de 0,07 ponto no índice geral.

O grupo Habitação teve alta de 0,60% no mês, com destaque para o item botijão de gás (3,55%). Já em Transportes (0,67%), o principal aumento foi das passagens aéreas (10,36%).  O litro do etanol subiu 3,38%, com impacto na gasolina (0,80%), que, como lembra o IBGE, tem 27% de etanol em sua composição.

Entre as regiões, o índice mais alto foi registrado em Goiânia (0,38%), com aumentos de 2,43% na gasolina e 3,86% no etanol. O menor foi o de Curitiba (-0,26%), com redução de 1,37% nos alimentos. Na região metropolitana de São Paulo, o IPCA-15 variou 0,27%.

Em 12 meses, o índice varia de 6,47% (Brasília) a 10,64% (Fortaleza).

O IPCA e o INPC de outubro serão divulgados no próximo dia 9.