Em novembro

Alimentos pressionam IPCA, mas acumulado em 12 meses cede

Índice oficial de inflação atinge 6,56%, taxa menor que a do período anterior. Maior pressão individual veio do item carnes, que acumula alta de 17,81% no ano. Gasolina e energia também subiram

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Alimentação e Bebidas foi o grupo que registro maior impacto no mês para o cálculo do IPCA

São Paulo – Com pressão dos alimentos, especialmente do item carnes, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,51% em novembro, acima do mês anterior (0,42%), mas um pouco abaixo do previsto e também com taxa anterior à de novembro do ano passado (0,54%). No ano, o índice oficial de inflação atinge 5,58%, ante 4,95% em igual período de 2013. No acumulado em 12 meses, vai a 6,56%, índice um pouco menor dos 12 meses imediatamente anteriores (6,59%), mas ainda acima do teto da meta estipulado pelo governo (6,50%).

Segundo o IBGE, que divulgou os resultados na manhã de hoje (5), o grupo Alimentação e Bebidas, com alta de 0,77%, teve o maior impacto no mês: representou 0,19 ponto percentual da taxa total, 0u 37% do resultado. Apenas o item carnes correspondeu a 0,09 ponto – foi a influência individual pelo terceiro mês seguido. “Os preços aumentaram 3,46% em novembro, mais do que em outubro (1,46%) e acumulam alta de 17,81% no ano”, informa o instituto.

Apenas em novembro, as carnes tiveram aumento de 7,51% na região metropolitana de Belém, seguida de 6,03% em Campo Grande e 5,87% em Goiânia, onde o acumulado no ano chega a 24,12%. Mas outros alimentos tiveram alta significativa, como a batata inglesa, que passou de -5,95% em outubro para 38,71%. A cenoura foi de 3,34% para 12,24% e as hortaliças, de -0,40% para 2,70%.

Entre os outros grupos, Transportes subiu 0,43%, com elevação de 1,64% nos combustíveis – com reajuste de 3% nas refinarias em novembro, o preço do litro da gasolina aumentou 1,99%. Foi o segundo maior impacto individual do mês (0,07 ponto percentual).

Outro impacto expressivo – 0,05 ponto – foi da energia, que subiu 1,67%, com variações de 10,18% em Fortaleza, 6,97% em Salvador e 8,83% no Rio de Janeiro. Isso ajudou o grupo Habitação a subir 0,69% no mês passado, também pressionado por aumentos do aluguel residencial (0,60%), mão de obra (0,98%) e gás de botijão (0,56%). Já o item taxa de água e esgoto recuou 0,26%, com influência da queda de 1,27% na região metropolitana de São Paulo, em decorrência de programa de incentivo à redução do consumo de água.

Dos índices regionais, o maior foi o de Goiânia (1,21%), com impactos dos combustíveis e dos alimentos consumidos no domicílio. O menor foi registrado em Vitória (0,03%), com contas de energia mais baratas pelas alíquotas de PIS/Pasep/Cofins, segundo o IBGE. O IPCA variou 0,76% em Belém, 0,41% em Belo Horizonte, 0,15% em Brasília, 0,55% em Campo Grande, 0,43% em Curitiba, 0,81% em Fortaleza, 0,39% em Porto Alegre, 0,55% em Recife, 0,52% no Rio de Janeiro, 0,44% em Salvador e 0,50% em São Paulo.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) passou de 0,38%, em outubro, para 0,53%, próximo ao de novembro do ano passado (0,54%). A variação no ano chega a 5,57%, ante 4,81% em igual período de 2013. Em 12 meses, está em 6,33%, também perto dos 12 meses imediatamente anteriores (6,34%).