Inflação em São Paulo

ICV sobe em setembro, e alta acumulada segue acima dos 10%

Segundo o Dieese, aumentaram preços de frutas, carne e arroz – feijão caiu. Gás de botijão subiu quase 10%, enquanto tarifa de energia recuou. Inflação sobe mais para famílias de menor renda

São Paulo – O Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Dieese no município de São Paulo, variou 0,48% em setembro – acima tanto de agosto como de igual mês do ano passado – e soma 8,64% em 2015. No acumulado em 12 meses, a taxa se manteve acima dos dois dígitos e atingiu 10,33%. Segundo o instituto, a inflação sobe mais para as faixas de menor renda: 12,22% no estrato 1, 11,13% no estrato 2 (intermediário) e 9,55% no 3.

Isso também aconteceu em setembro, quando o índice atingiu 0,55% para as famílias com rendimentos menores, concentradas no estrato 1. O ICV somou 0,51% no intermediário e 0,45% para as de maior poder aquisitivo.

A maior alta entre os grupos, no mês passado, foi do grupo Alimentação (0,84%). As frutas, por exemplo, tiveram aumento médio de 1,51%, chegando a 18,5% no caso do maracujá e 13,55% no do limão – algumas caíram de preços, como banana (-0,48%), melancia (-0,55%) e mamão (-5,07%).

A carne bovina aumentou 1,4% e a suína, 1,99%. O preço do arroz subiu 2,1%, enquanto o do feijão caiu 0,42%.

Todas as hortaliças (-1,48%) tiveram queda de preços. O Dieese destaca couve (-5,23%), couve-flor (-4,6%) e agrião (-2,51%). Já o preço da batata aumentou 9,25%. A cebola caiu 20,11% e a beterraba, 7,65%.

Outro grupo importante na composição do ICV, Habitação, teve elevação de 0,7% em setembro. O aumento do gás de botijão chegou a 9,97%, enquanto a tarifa de energia elétrica recuou 0,51%. O condomínio subiu 0,6%.

Em Transporte (variação de 0,16%), o individual subiu 0,26%, por causa do aumento de 0,8% no álcool. O coletivo caiu 0,03%, com a tarifa do ônibus interestadual recuando 0,35%.

De janeiro a setembro, só Habitação tem taxa acima da média geral (8,64%) e soma 15,31%. Alimentação, por exemplo, fica em 6,8%. Em 12 meses, Habitação (16,07%) e Alimentação (10,52%) ficam acima do índice médio (10,33%).