São Paulo – Com altas de alimentos e combustíveis, o Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Dieese no município de São Paulo, variou 1,02% em novembro, atingindo 10,61% no ano e 11,19% em 12 meses. Os grupos Transporte e Alimentação representaram praticamente 80% do resultado do mês.

No primeiro caso, a alta foi de 2,34%, puxada pelos aumentos de 10,10% no preço do álcool e de 4,3% no da gasolina. Esses dois itens, com impacto de 0,32 ponto percentual, respondem por um terço do ICV de novembro.

Já no grupo Alimentação (1,54%), raízes e tubérculos subiram 7,87% (com destaque para a batata, com 15,18%), legumes tiveram alta de 4,94% (o tomate subiu 12,91% e o pimentão, 5%, enquanto o chuchu caiu 6,02%), os preços dos grãos aumentaram 3,18% e os das frutas, 3,16% – variações de 17,49% para o limão, de 12,46% para o maracujá e 9,83% para o kiwi, e queda de 6,96% no preço da manga. Ainda nesse grupo, as hortaliças subiram 1,74% e as carnes, 1,44%, principalmente a bovina (1,49%).

Outros grupos com alta significativa foram Saúde (0,82%) e Habitação (0,26%). O Dieese destaca em itens como reajustes nos seguros e convênios (1%), exames laboratoriais (0,99%) e consultas médicas (0,9%).

Os resultados do ano e em 12 meses mostram que a inflação continua subindo mais para as famílias de menor renda. No segundo caso, por exemplo, para um ICV acumulado em 11,19%, a variação chega a 12,55% no estrato 1 (faixa de menor poder aquisitivo), vai 11,84% no estrato 2 (intermediário) e diminui para 10,6% no 3.