São Paulo – Com pressão, principalmente, de alimentos e combustíveis, o Índice do Custo de Vida (ICV) subiu 0,71% em fevereiro. Calculado pelo Dieese na cidade de São Paulo, o ICV agora acumula variação de 10,20% em 12 meses, com peso maior para famílias de menor poder aquisitivo.

Os grupos com maiores altas no segundo mês do ano foram Despesas Pessoais (2,11%), Transporte (1,36%), Saúde (0,84%) e Alimentação (0,66%). Somados, contribuíram com grande parte do índice (0,61 ponto percentual).

No caso dos alimentos, grupo que tem peso de quase um terço na composição do ICV, o Dieese apurou aumentos em vários itens, como arroz (1,04%), feijão (8,98%), alface (3,09%), pêssego (12,80%), mamão (11,25%), manga (9,22%), cenoura (12,56%), alho (10,70%), cebola (2,54%) carne bovina (0,44%), ovos (3,92%), chuchu (21,86%) e pimentão (10,87%). Também tiveram altas produtos como bolo (5,43%), pão de forma (4,78%), açúcar (4,56%), óleo (4,41% e frio (4,18%).

Entre os que caíram de preço em fevereiro, estão abacate (-18,73%), maracujá (-15,25%), limão (-11,35%), batata (-4,91%), mandioquinha (-4,91%), mandioca (-1,91%), carne suína (-0,24%) aves (-2,15%), abobrinha (-13,74%), tomate (-12,16%) e vagem (-8,90%).

Aplicados em janeiro, os reajustes do transporte coletivo incidiram parcialmente no mês passado, levando à alta de 1,36% no grupo. O preço da gasolina aumentou 1,02% e o do álcool, 3,03%.

No caso das despesas pessoais, o instituto destaca, entre outros, as altas nos itens papel higiênico (3,54%) e cigarros (3,13%).

Mais uma vez, a inflação pesa mais entre famílias de menor renda, reunidas no estrato 1, cuja variação foi de 0,75% em fevereiro. No 2, intermediário, o ICV subiu 0,73%, e no 3, 0,70%. Isso acontece também no acumulado em 12 meses: 11,46% (estrato 1), 10,68% (2) e 9,73% (3).