ICV

Inflação sobe em São Paulo, com pressão de remédios e alimentos

Taxa em 12 meses atinge 9,34%, com mais impacto sobre famílias de menor renda

EBC

Medicamentos e produtos farmacêuticos representa impacto de quase metade do ICV, com 0,26%

São Paulo – A inflação em São Paulo, medida pelo Índice do Custo de Vida (ICV), variou 0,57% em abril, segundo o Dieese. A taxa ficou acima do mês anterior (0,44%) e próxima de abril do ano passado (0,55%). Com o resultado, o ICV acumulado no ano vai a 3,56%, e em 12 meses atinge 9,34%, com mais impacto sobre famílias de menor renda.

De acordo com o instituto, os itens que mais pressionaram a inflação em abril foram os medicamentos, que aumentaram 10,94%, e alimentos. Apenas o subgrupo medicamentos e produtos farmacêuticos representou impacto de quase metade do ICV, com 0,26 ponto percentual. O grupo Alimentação (alta de 0,71% no mês) respondeu por 0,22 ponto.

Entre os produtos com alta, entre in natura e indústria, o Dieese destaca batata (10,23%), beterraba (10,21%), limão (27,90%), manga (18,91%), mamão (16,32%), sorvete (11,69%), leite longa vida (5,88%), chocolate (3,89%) e iogurtes (3,73%). Vários também tiveram queda no preço, como mandioquinha (-6,30%), mandioca (-4,20%), cenoura (-1,02%), maracujá (-7,58%), kiwi (-7,24%), melão (-4,40%) e salsicha (-2,34%).

No grupo Habitação, houve redução de 0,06%, com influência da queda na tarifa de energia elétrica (-3,33%), ainda com impacto no mês passado. O subgrupo locação, impostos e condomínio, a taxa variou 0,64%.

O ICV em 12 meses (9,34%) registra taxa maior entre famílias de menor poder aquisitivo: 9,86%. No nível intermediário, a variação é de 9,60% e nas de maior renda, de 9,11%.