Inflação em São Paulo

ICV sobe em maio, principalmente para famílias de menor renda

Segundo o Dieese, aumentaram os preços de cigarro, planos médicos e tarifa de água, além de vários itens na alimentação. Instituto registrou queda nos combustíveis

arquivo/ebc

Na Saúde, a elevação nos preços foi de 0,86%, com alta de 1,15% nos convênios

São Paulo – Com altas de itens como cigarro, planos médicos e tarifa de água, o Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Dieese no município de São Paulo, variou 0,67% em maio, na maior taxa para o mês desde 2008. Segundo o instituto, a alta foi maior para famílias de menor renda, concentradas no estrato 1 (1,09%) e bem menor para as de maior poder aquisitivo, no estrato 3 (0,51%). No intermediário, a variação foi de 0,83%.

De janeiro a maio, o índice atinge 4,25%. Em 12 meses, está acumulado em 9,44%, também com altas maiores para famílias de menor renda: 10,22% no estrato 1, 9,80% no 2 e 9,13% no 3.

O grupo que mais subiu no mês passado foi Despesas Pessoais (4,75%), com impacto da elevação do preço do cigarro (8,77%). Em Saúde, a alta foi de 0,86% – o item convênios subiu 1,15%.

Grupo com 22% de peso no ICV, Habitação subiu 0,76%, por causa, principalmente, do reajuste de 6,31% na tarifa de água.

Alimentos

O grupo de maior peso na composição do índice (quase 32%), Alimentação, variou 0,91% em maio, com taxas de 0,98% para alimentação fora do domicílio, 0,95% na indústria e 0,84% para produtos in natura e semielaborados.

Entre os legumes, apenas o pimentão (-6,94%) não subiu de preço. As maiores altas foram as da vagem (45,24%), chuchu (43,62%), quiabo (38,22%) e pepino (19,21%). Nas raízes e tubérculos, batata (18,39%), cebola (6,68%), mandioquinha (6,03%) e alho (5,67%) aumentaram, enquanto mandioca (-0,62%), beterraba (-6,39%) e cenoura (-13,99%) registram queda.

Ainda segundo o Dieese, o quilo do feijão carioquinha subiu 5,93% e o do arroz, 0,93%. O preço do leite aumentou, em média, 2,27%. E o da carne caiu 0,45%.

Com queda de 1,48% no geral, algumas frutas tiveram alta, como limão (32,76%), morango (14,35%), manga (12,83%) e maracujá (12,51%). Caíram de preço, entre outras, melão (-13,44%) e mamão (-13,13%).

Na indústria alimentícia, tiveram alta produtos como leite longa vida (4,37%), iogurtes (4,32%), queijo prato (4,06%), macarrão com ovos (3,85%), salsicha (3,03%), café em pó (2,75%), cerveja (1,86%), carnes industrializadas (1,22%) e pão francês (1,10%). A principal queda foi dos refrigerantes (-0,66%).

No grupo Transporte (-1,11%), o instituto registrou queda tanto no álcool (-8,99%) como na gasolina (-0,64%). O impacto foi de menos 0,16% ponto percentual no ICV.