São Paulo – O ministro Fernando Haddad (Fazenda) defendeu neste sábado (16) a decisão pragmática do Brasil em apoiar empréstimo de US$ 960 milhões (R$ 4,74 bilhões) do CAF, bando de desenvolvimento da América Latina e Caribe, para a Argentina.

Haddad alfinetou o ultradireitista Javier Milei, recém-empossado presidente do país vizinho, mas fez discurso por união. “Hoje saiu na imprensa que o Brasil votou a favor da Argentina, para conseguir um empréstimo para superar sua crise, e todo mundo sabe que o atual presidente da Argentina ofendeu o presidente Lula durante a campanha. Mas, nem por isso, o Brasil deixou de apoiar o povo da Argentina”, disse.

Ele também citou a liberação de R$ 10 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o governo do estado de São Paulo. “O [governador] Tarcísio [de Freitas] esteve em Brasília essa semana, agradecendo o presidente Lula um empréstimo de R$ 10 bilhões para fazer um trem até Campinas e uma nova linha de Metrô aqui na Capital”, afirmou.

O ministro fez o discurso em evento em Itaquera, zona leste de São Paulo, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou contrato para início das obras do programa Minha Casa, Minha Vida na ocupação Copa do Povo. No total, serão investidos R$ 573 milhões na construção de 2,6 mil apartamentos.

PSOL e PT

Oriundo da luta pela moradia, o deputado federal e pré-candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), participou do evento e confirmou aos jornalistas que o vice em sua chapa será do PT. Ele admitiu negociações com a ex-prefeita Marta Suplicy, a quem teceu elogios.