Seade-Dieese

Desemprego sobe no mês, mas taxa fica estável em relação a 2013

Segundo técnicos, comportamento é comum para o período. Dados mostram mercado de trabalho ainda fraco

São Paulo – A taxa de desemprego em seis regiões metropolitanas, conforme a pesquisa Seade-Dieese, subiu de 10,3%, em fevereiro, para 11% em março, em movimento considerado comum para esse período. O índice é equivalente ao de março do ano passado (10,9%). O número de desempregados foi estimado em 2,294 milhões, 136 mil a mais no mês (crescimento de 6,3%) e 47 mil a mais em 12 meses (2,1%).

Na comparação mensal, os dados ainda mostram um mercado fraco. A força de trabalho não saiu do lugar (menos mil pessoas), enquanto foram eliminadas 137 mil vagas. Os números anuais são mais positivos. Em relação a março do ano passado, a população economicamente ativa cresce 1,2%, com acréscimo de 250 mil pessoas, enquanto a ocupação tem alta de 1,1%, o equivalente a 203 mil postos de trabalho abertos. Foi a maior variação em seis meses.

Essas pouco mais de 200 mil vagas foram abertas, principalmente, no setor de serviços (134 mil, variação de 1,3%). O segmento de comércio e reparação de veículos abriu 86 mil (2,4%) e a construção civil, 49 mil (3,4%). A indústria de transformação eliminou 67 mil empregos (-2,4%).

Também com pequena variação mensal, os resultados da pesquisa indicam manutenção da tendência de formalização do mercado. Na comparação anual, a ocupação com carteira assinada subiu 2,1%, o correspondente a um acréscimo de 206 mil vagas. No mesmo período, caiu o número de trabalhadores por conta própria (-2%, ou menos 32 mil) e de autônomos (-3,1%, 99 mil a menos).

Estimado em R$ 1.689, o rendimento médio dos ocupados cresceu 0,8% no mês e 3,8% em 12 meses.

Na região metropolitana de São Paulo, a taxa média subiu para 11,5%, em movimento também considerado normal para esta época do ano.