Mercado de trabalho

Desemprego aumenta em São Paulo, com cortes em todos os setores

Em 12 meses, número de desempregados cresce 40% e atinge 1,750 milhão. Renda cai

São Paulo – A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo cresceu pelo segundo mês seguido, de acordo com a pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, e atingiu 15,9% em março. Com isso, o número estimado de desempregados atingiu 1,750 milhão, 133 mil a mais no mês (crescimento de 8,2%) e 504 mil em relação a igual período do ano passado (alta de 40,4%). O total de ocupados (9,257 milhões) caiu 1,4% e 4,4%, respectivamente, com perda de 127 mil e 427 mil postos de trabalho.

Todos os setores de atividade eliminaram vagas de fevereiro para março, com destaque para a indústria de transformação (menos 56 mil) para os serviços (menos 57 mil). A construção cortou 18 mil ocupações e o comércio/reparação de veículos, 14 mil. Na comparação com março de 2015, a indústria sofre queda de 15,8%, o equivalente a 256 mil postos de trabalho fechados. Os serviços cortam 175 mil (-3,1%).

O mercado de trabalho também registra queda na formalização. No mês, o emprego no setor privado com carteira assinada cai 1,9%, com menos 99 mil vagas. Em 12 meses, a retração é de 2,8%, o correspondente a menos 151 mil. Dieese e Seade também registram diminuição do emprego sem carteira, além de estabilidade entre os autônomos.

Estimado em R$ 1.984, o rendimento médio dos ocupados caiu 2,2% no mês. No período de 12 meses, a retração é de 5,4%. A massa de rendimentos se reduz em 3,7% e 8,6%, respectivamente.

Outras regiões

A taxa também cresceu em março nas outras regiões abrangidas pela pesquisa. Foi a 21,3% em Salvador, 18,1% no Distrito Federal, 13,1% em Fortaleza e 10,7% em Porto Alegre.