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Depois de altas, preços da cesta básica caem na maioria das capitais

Segundo o Dieese, valor recuou em dez de 18 cidades, com influência de produtos como feijão, batata, óleo de soja, banana e tomate. Salário mínimo necessário foi calculado em R$ 2.979,25

Arquivo ABR

Cesta mais cara, em junho, foi a de São Paulo (R$ 354,63) e a mais barata, a de Aracaju (R$ 247,64)

São Paulo – Os preços dos produtos da cesta básica, que haviam subido nos últimos meses, recuaram em junho na maioria em dez das 18 capitais pesquisadas, segundo levantamento divulgado hoje (7) pelo Dieese. As maiores quedas foram apuradas em Belo Horizonte (-7,33%), Campo Grande (-4,55%), Porto Alegre (-4%) e São Paulo (-3,25%), enquanto as principais altas se concentraram em cidades do Norte e Nordeste: Manaus (6,08%), João Pessoa (3,43%), Aracaju (2,45%) e Recife (1,53%).

De acordo com o instituto, os recuos de preços foram determinados, principalmente, por feijão, batata, óleo de soja, banana e tomate. Já carne, leite e arroz aumentaram na maioria dos municípios.

A cesta mais cara, em junho, foi a de São Paulo (R$ 354,63) e a mais barata, a de Aracaju (R$ 247,64). Com base na primeira, o Dieese estimou em R$ 2.979,25 o valor do salário mínimo para suprir as necessidades de um trabalhador e sua família. A proporção é de 4,11 vezes o mínimo oficial (R$ 724), abaixo tanto de maio (4,25 vezes) como de junho do ano passado (4,22). O tempo médio para adquirir uma cesta foi de 96 horas, também menor nas duas bases de comparação (96 horas e 51 minutos em maio e 97 horas e 22 minutos em junho de 2013).

No primeiro semestre, os preços aumentaram nas 18 capitais pesquisadas com destaque para Aracaju (14,25%), Recife (11,92%) e Brasília (11,86%). Em 12 meses, o valor aumenta em 16 cidades, com altas de 15,07% em Florianópolis, 12,84% em Curitiba e 10,79% no Rio de Janeiro. As exceções foram João Pessoa (-1,32%) e Aracaju (-0,17%).