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Preços de produtos da cesta básica voltam a subir na maioria das capitais

São Paulo tem a cesta mais cara (R$ 366,54). Com base nesse valor, Dieese calculou em R$ 3.079,31 o salário mínimo necessário para um trabalhador e sua família

Em maio, o preço do tomate aumentou em 17 das 18 capitais. Em Belo Horizonte, o aumento chegou a 33,33%

São Paulo – Os preços dos produtos da cesta básica mantiveram tendência de alta em maio, segundo o Dieese, e aumentaram em 15 das 18 capitais pesquisadas. No acumulado do ano, a alta ocorreu em todas as cidades.

As maiores elevações no mês passado foram apuradas em Fortaleza (5,42%), Recife (4,9%) e São Paulo (2,43%). Só houve quedas em Campo Grande (-2,05%), Florianópolis (-0,38%) e Brasília (-0,1%).

São Paulo tem a cesta básica mais cara (R$ 366,54). Em seguida, vêm Porto Alegre (R$ 366) e Vitória (R$ 352, 76). Os menores valores foram registrados em três capitais do Nordeste: Aracaju (R$ 241,72), João Pessoa (R$ 272,35) e Salvador (R$ 277,52).

Com base na cesta de maior valor, o Dieese calculou em R$ 3.079,31 o salário mínimo necessário para um trabalhador e sua família – 4,25 vezes o mínimo oficial (R$ 724). A proporção é maior que a de abril (4,17) e menor que maio de 2013 (4,24).

Aumentou o tempo médio para o trabalhador adquirir os produtos da cesta. Foi necessária uma jornada de 96 horas e 51 minutos, ante 95 horas e 36 minutos em abril. Na comparação com maio do ano passado, o período diminuiu, já que naquele mês a média foi de 97 horas e 45 minutos.

Em maio, o preço do tomate aumentou em 17 das 18 capitais – a exceção foi Manaus (-2,71%). Em Belo Horizonte, o aumento chegou a 33,33%. “Problemas de produtividade nas safras de inverno, devido a pragas, e o fato de a colheita de verão ter terminado antecipadamente, por causa da estiagem do início do ano, comprometeram a oferta de tomate, com impacto no preço do produto”, analisa o Dieese.

O café em pó, que só não teve alta em Natal (-1,48%), subiu 5,11% em Recife. Em 12 meses, o produto teve elevação em 12 capitais, com destaque para Aracaju (13,57%), Salvador (12,65%) e Belo Horizonte (11,51%). Entre as quedas, as maiores foram apuradas em Vitória (-11,92%) e Florianópolis. “A produção de 2014 será menor do que a do ano passado, devido à seca do início do ano. As expectativas de menor safra influenciaram o preço do grão nas bolsas de valores e, consequentemente, do café em pó. No entanto, a colheita segue bem para o grão do robusta, enquanto para o arábica está apenas começando, o que significa que a oferta ainda é pequena.”

A manteiga teve alta em 14 cidades no mês. Em 12 meses, 12 capitais registram elevação e seis, queda. “O valor da manteiga sofre impacto das elevações do preço do principal insumo, o leite, que se encontra em período de entressafra e apresentou aumentos expressivos nos meses anteriores”, diz o instituto.

 

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