Varejo

Vendas no comércio caem em julho

Entre os setores com resultado negativos, estão supermercados, móveis e eletrodomésticos. IBGE vê influência do crédito menor e de feriados decorrentes da Copa

São Paulo – Com retração em setores como supermercados e móveis e eletrodomésticos, as vendas no comércio varejista recuaram 1,1% de junho para julho, segundo o IBGE, enquanto a receita caiu 0,7%, na segunda queda seguida, após 24 meses positivos. Na comparação com julho do ano passado, o volume cai 0,9%, enquanto a receita sobe 5,9%. Os acumulados mostram resultados positivos: o volume cresce 3,5% no ano e 4,3% em 12 meses, enquanto a receita nominal sobe 9,8% e 10,8%, respectivamente.

Em julho, em relação ao mês anterior, seis das atividades tiveram variação positiva, com destaque para veículos e motos, partes e peças (4,3%) e material de construção (3,8%). Entre os resultados negativos, estão os de tecidos, vestuário e calçados (-0,1%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,3%) e móveis e eletrodomésticos (-4,1%).

Ante julho de 2013, o segmento de móveis e eletrodomésticos caiu 9,2%, o de vestuário recuou 4,4% e o de hipermercados/supermercados, -0,1%. De acordo com o IBGE, o resultado no primeiro caso foi influenciado “pelo menor ritmo de crescimento do crédito”. O instituto também ressaltou que as altas de preços dos produtos do setor estão acima da média geral: o IPCA subiu 6,5% em 12 meses, enquanto os produtos mobiliários aumentaram 8,4% e os aparelhos eletroeletrônicos, 8,3%. Além disso, houve impacto do menor número de dias úteis, por causa de feriados decorrentes da Copa do Mundo.

No caso de tecidos, vestuário e calçados, os preços (variação de 4,9%) estão abaixo do índice geral (6,5%), mas também houve influência da redução de dias úteis em relação a julho de 2013. O segmento acumula queda de 1,3% no ano e alta de 0,9% em 12 meses.

Em hipermercados/supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, o IBGE também destaca o menor número de dias úteis e a influência dos preços dos alimentos, com alta de 7,3% em 12 meses. Esses setores mostram resultados acumulados positivos: 3% no ano e 3,2% em 12 meses.