Comércio exterior

Acordos comerciais entre Brasil e China são adiados, mas setor privado mantém agenda

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) deve anunciar acordos na próxima quarta-feira

Ricardo Stuckert/PR
Ricardo Stuckert/PR
Lula e o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, em encontro de fevereiro deste ano

São Paulo – Apesar do adiamento de duas dezenas de acordos comerciais e convênios entre Brasil e China – devido à suspensão da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva –, acordos privados estão em andamento. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) deve anunciar esses acordos na próxima quarta-feira (29) em Pequim. A informação é do jornal Valor Econômico.

Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a importação de seis novas plantas frigoríficas do Brasil, anunciadas na semana passada, deve se confirmar. Foi “habilitada” também a exportação de milho para a China pela primeira vez, informou Fávaro, que teve um café da manhã com empresários neste domingo (26).

Adiamento de planos

Muitos empresários que participariam das conversas paralelamente às agendas de Lula já tinham chegado a Pequim antes de ser anunciado o cancelamento do presidente.

O chanceler Mauro Vieira – que iria no sábado direto para a capital chinesa de Los Angeles, nos Estados Unidos – já retornou ao Brasil. Ele chegou na noite de sábado em Manaus em um avião da Força Aérea Brasileira, e de lá rumou para Brasília.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estava na comitiva, também ficou no Brasil, assim como o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloízio Mercadante. Mas dois diretores do banco foram a Pequim para cumprir parte da agenda programada.

Marina Silva (Meio Ambiente), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Juscelino Filho (Comunicações), que também viajariam, permaneceram no Brasil. Além deles, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também cancelou sua ida a Pequim e, em nota, desejou “pronta recuperação ao presidente Lula”.  

Assim, nova data da viagem do chefe de governo brasileiro e da retomada do encontro Brasil-China depende agora da agenda do próprio presidente Xi Jinping, assim como do primeiro-ministro Li Qiang e do presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji. O governo da China mantém contato com o Planalto para o reagendamento da visita. Lula seria o primeiro chefe de Estado recebido por Xi desde sua reeleição, no dia 10 de março.

Marcha para Jesus

Segundo a colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo, Lula está na lista de convidados para a Marcha para Jesus, em 8 de junho, feriado de Corpus Christi, em São Paulo. O evento é o maior do calendário evangélico brasileiro.

Em 2009, penúltimo ano do seu segundo mandato, Lula sancionou a lei que instituiu o Dia Nacional da Marcha para Jesus.

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