São Paulo – A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo ficou relativamente estável de outubro (14,3%) para novembro (14,1%), “em movimento típico para o período”, segundo a pesquisa feita pela Fundação Seade e pelo Dieese. Foi um intervalo com menos gente à procura de emprego, pequena criação de vagas e ligeira redução no número de desempregados. A comparação anual é desfavorável: em relação a novembro de 2014, quando a taxa foi de 9,8%, são menos 260 mil ocupados (-2,6%) e mais 504 mil desempregados (47,1%), para um total estimado em 1,574 milhão.

A taxa fica abaixo da média na capital paulista (13,8%) e na região do ABC (12,2%). Nos demais municípios, com exceção da capital, atinge 14,6%. Os resultados do ano, até novembro, mostram que a taxa média ficará acima da registrada em 2014.

No mês, o setor de comércio e reparação de veículos fechou 46 mil vagas (queda de 2,6%), enquanto a indústria de transformação abriu 22 mil (alta de 1,5%) e os serviços, 56 mil (1%). Ante novembro do ano passado, só o comércio cresce, com abertura de 110 mil postos de trabalho (6,8%). A indústria fecha 148 mil (-9%), os serviços eliminam 170 mil (-3%) e a construção, 48 mil (-6,6%).

O emprego formal cai nas duas bases de comparação: -0,4% de outubro para novembro, ou menos 21 mil vagas, e -3% em 12 meses, com fechamento de 161 mil postos de trabalho com carteira assinada. O número de autônomos cresce 2,7% (41 mil ) e 3,7% (56 mil), respectivamente.

Estimado em R$ 1.877, o rendimento médio dos ocupados fica estável no mês (0,1%), assim como a massa de rendimentos (0,3%). Na comparação anual, a queda é brusca: -10,3% para o rendimento e -12,9% na massa salarial.

Outras regiões

Também de outubro para novembro, a taxa de desemprego ficou estável ou teve pequenas variações no Distrito Federal (15,1%), na região metropolitana de Fortaleza (de 9,4% para 9,2%), em Porto Alegre (de 10,1% para 10,2%) e em Salvador (de 19,4% para 19,6%).