Desemprego em São Paulo continua alto e atinge 2,1 milhões
Taxa fica praticamente estável de março para abril, mas cresce em 12 meses, período em que região metropolitana 'ganhou' 220 mil desempregados. Rendimento cai
Publicado 31/05/2017 - 14h30
São Paulo – A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo passou de 18,5%, no mês anterior, para 18,6% em abril (índice que era de 16,8% em igual mês de 2016), segundo pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, divulgada nesta quarta-feira (31). A estimativa é de 2,088 milhões de desempregados, 22 mil a mais no mês (variação de 1,1%), com acréscimo de 220 mil em um ano (11,8%).
Segundo os institutos, o desemprego é maior na chamada sub-região leste, que inclui municípios como Guarulhos e Mogi das Cruzes, chegando a 19,9%, um pouco menos do que em março (20,1%). Também houve diminuição (de 19,2% para 18,4%) na sub-região sudeste, onde se localiza o Grande ABC, e de na oeste (de 16,7% para 15,4%), que concentra Osasco, Barueri e outras cidades. Só houve variação para cima na capital paulista, de 18,1% para 18,6%.
O total de ocupados foi estimado em 9,139 milhões, com pequena variação, de 0,4%, no mês, o equivalente a mais 37 mil pessoas. Na comparação com abril do ano passado, a ocupação cai 1,2%: menos 113 mil. Nesse mesmo intervalo, a população economicamente ativa (PEA) cresceu 1% (107 mil) – a combinação dos 107 mil a mais da PEA e os 113 mil ocupados resulta no acréscimo de 220 mil desempregados em um ano.
O número de empregados no setor privado com carteira assinada (4,908 milhões) não variou no mês. Em 12 meses, caiu 3,6% (menos 181 mil vagas formais). Os sem carteira, estimados em 731 mil, também registram estabilidade de março para abril e crescem 9,8% em um ano (65 mil). Aumenta ainda a presença de autônomos e trabalhadores domésticos.
De março para abril, a indústria de transformação criou 42 mil postos de trabalho (3,3%), os serviços abriram 59 mil (1,1%) e a construção, 20 mil (3,4%), enquanto comércio/reparação de veículos eliminou 84 mil (-4,8%). Em relação a abril de 2016, a situação se inverte: fecharam vagas a indústria (63 mil, -4,6%), os serviços (49 mil, -0,9%) e a construção (17 mil, -2,7%). Comércio/reparação de veículos tem crescimento de 2,2%, com mais 35 mil ocupações.
Estimado em R$ 1.931, o rendimento médio dos ocupados caiu 2,2% no mês e 4,9% em um ano.
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