Mercado de trabalho

Taxa de desemprego mantém tendência de alta na Grande São Paulo

Segundo a Fundação Seade e o Dieese, foi a oitava alta seguida. Em 12 meses, região tem 306 mil ocupados a menos e 412 mil desempregados a mais. Emprego com carteira e rendimento recuam

reprodução

Na comparação anual, indústria eliminou 185 mil postos de trabalho

São Paulo – A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu para 14,2% em setembro (ante 10,6% em igual mês do ano passado), mantendo tendência de crescimento pelo oitavo mês seguido, de acordo com pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, divulgada hoje (29). O percentual corresponde a uma estimava de 1,581 milhão de desempregados, 44 mil a mais do que em agosto e 412 mil na comparação com setembro de 2014 – crescimento de 35,2%.

No mês, houve uma pequena criação de postos de trabalho (33 mil, variação de 0,3%), mas insuficiente para absorver a mão de obra que ingressou no mercado – 77 mil –, fazendo a população economicamente ativa (PEA) crescer 0,7%. Em relação a setembro do ano passado, a PEA cresce 1%, com acréscimo de 106 mil pessoas, enquanto a ocupação cai 3,1% (menos 306 mil vagas).

No recorte geográfico, de agosto para setembro a taxa de desemprego ficou estável no município de São Paulo (13,6%), subiu nas demais cidades (14,9%) e recuou na região do ABC (13,1%). Mas sobe, em todas as situações, ante setembro do ano passado.

Entre os setores, no mês o emprego fica relativamente estável na indústria de transformação (-0,3%, ou menos 4 mil postos de trabalho) e cai 1% na construção civil (menos 7 mil vagas). Tem ligeiras altas no comércio/reparação de veículos (0,3%, mais 6 mil) e nos serviços (0,5%, mais 29 mil). Na comparação anual, o comércio cresce 6%, com abertura de 100 mil vagas. A indústria elimina 185 mil (-11,2%), a construção corta 80 mil (-10,7%) e os serviços, 137 mil (-2,4%).

A ocupação com carteira assinada fica estável no mês, com variação de 0,3%. Ante setembro de 2014, recua 3,1% (menos 167 mil vagas formais).

Estimado em R$ 1.876, o rendimento médio dos ocupados cai 1,3% no mês e 8,7% em 12 meses. A massa de rendimento recua 1,5% e 10,9%, respectivamente.

Leia também

Últimas notícias