IBGE

Com queda no setor automobilístico, produção industrial recua em março

Foi a segunda retração mensal seguida, com resultado negativo espalhado pelos diversos setores

Arquivo/Volkswagen

Segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias registrou queda pelo sexto mês seguido

São Paulo – A produção industrial brasileira recuou 0,8% de fevereiro para março, na segunda retração mensal consecutiva, segundo informou hoje (6) o IBGE. Em comparação com março do ano passado, a queda foi de 3,5%, a 13ª taxa negativa, ainda que menos intensa do que no mês anterior (-9,4%). De acordo com o instituto, a atividade industrial acumula queda de 5,9% no ano e de 4,7% em 12 meses, maior resultado negativo desde janeiro de 2010 (-4,8%). “Com o resultado de março de 2015, a produção industrial encontra-se 11,2% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013″, diz o IBGE.

No mês passado, além do menor ritmo, a retração foi generalizada, atingindo as quatro categorias econômicas e 14 dos 24 ramos pesquisados. A principal influência negativa veio do segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias: -4,2%. Foi o sexto mês seguido de queda, “acumulando nesse período perda de 19,4%”.

O instituto também destaca as atividades de máquinas e equipamentos (-3,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e óticos (-8,1%), bebidas (-4,9%), produtos de borracha e de material plástico (-4,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-6,7%) e metalurgia (-1,3%). Entre os dez ramos que registraram aumento da produção, o de produtos alimentícios cresceu 2,1%.

Ante março de 2014, a produção caiu nas quatro categorias econômicas, em 16 dos 26 ramos, 46 dos 79 grupos e 53,3% dos 805 produtos pesquisados pelo IBGE. Em 2015, o mês teve três dias úteis a mais. A atividade de veículos recuou 12,7% e a de coque e derivados de petróleo, 9,8%.