Retração

Produção industrial cai em abril, com queda no setor automobilístico

Atividade tem queda generalizada. Em 12 meses, recuo é de 4,8%

unifem.edu / reprodução

Desaceleração da produção automotiva contribuiu para queda geral da indústria no mês passado

São Paulo – A produção industrial brasileira caiu 1,2% de março para abril, na terceira queda consecutiva, segundo divulgou hoje (2) o IBGE. Na comparação com abril do ano passado, a retração foi de 7,6% – foi o 14º resultado negativo seguido. De acordo com o instituto, o setor acumula recuo de 6,3% no ano e 4,8% em 12 meses, mantendo “trajetória descendente iniciada em março de 2014”.

No mês, a redução se espalha pelas quatro grandes categorias econômicas analisadas pelo IBGE, e por 19 dos 24 ramos pesquisados. As principais influências foram das atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,5%) –, no sétimo mês seguido de queda, que se acumula em 21,9% nesse período – e de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-3,3%). Também se destaca, entre outros, o setor de máquinas,  aparelhos e materiais elétricos (-5,4%).

Entre os cinco ramos com crescimento em abril, os destaques foram os de indústrias extrativas e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, ambos com expansão de 1,5% em relação ao mês anterior.

Na comparação com abril de 2014, houve queda nas quatro categorias, em 26 dos 26 ramos, 66 dos 79 grupos e 69,7% dos 805 produtos pesquisados pelo instituto. O principal impacto também foi do setor de veículos automotores: a atividade caiu 23,2%, “pressionada pela redução na produção de automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, autopeças, reboques e semirreboques e carrocerias para caminhões e ônibus”.

Das três atividades em alta, o IBGE destaca a de extrativas (11,1%), que teve esse impulso, “em grande parte, pelos avanços nos itens minérios de ferro pelotizados e em bruto e óleos brutos de petróleo”.


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