São Paulo – A produção industrial sofreu queda de 8,3% no ano passado, pior resultado da série, iniciada em 2003, segundo informou hoje (2) o IBGE. De acordo com o instituto, houve retração generalizada, atingindo 25 dos 26 ramos, 71 dos 79 grupos e 78,3% dos 805 produtos pesquisados. O principal impacto negativo foi do segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias: -25,9%. Resultado, causado, “em grande parte, pela redução na produção de aproximadamente 97% dos produtos investigados na atividade, com destaque para os recuos registrados por automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, autopeças, reboques e semirreboques e carrocerias para ônibus e caminhões”.

Também tiveram quedas significativas os segmentos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-30%), máquinas e equipamentos (-14,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,9%), metalurgia (-8,9%), produtos de metal (-11,4%) e produtos alimentícios (-2,3%), entre outros. O único resultado positivo veio da área de indústrias extrativas (3,9%).

Entre as categorias, bens de capital registrou retração de 25,5% e bens de consumo duráveis, de 18,7%, “especialmente com a redução na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-30,7%), na primeira, e de automóveis (-19,4%) e eletrodomésticos (-22,1%), na segunda.

De novembro para dezembro, a queda foi de 0,7%. Na comparação com dezembro de 2014, a atividade cai 11,9%. Com o ritmo menor, a indústria “encontra-se 19,5% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013”.