São Paulo – A produção industrial recuou 2,5% de janeiro para fevereiro. Em relação a igual mês do ano passado, a retração foi de 9,8%, a 24ª seguida nessa base de comparação, embora menos intensa que a verificada em janeiro. Apenas nos primeiros dois meses do ano, a queda atinge 11,8%. Em 12 meses, é de 9%, a maior desde novembro de 2009, mantendo dois anos de trajetória descendente, segundo o IBGE, que divulgou os dados hoje (1º).

Também em comparação com fevereiro de 2015, o IBGE registra “perfil disseminado de resultados negativos”, atingindo as quatro categorias econômicas pesquisadas, 21 dos 26 ramos, 59 dos 79 grupos e 67,8% dos 805 produtos. Entre os setores, o principal impacto negativo veio de veículos automotores, reboques e carrocerias (-29,1%). O instituto cita ainda atividades como as de indústrias extrativas (-12,1%), máquinas e equipamentos (-27,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e óticos (-33,1%), metalurgia (-12,1%) e produtos de borracha e de material plástico (-15,6%), entre outras.

Dos resultados positivos, destacam-se celulose, papel e produtos de papel (6%), produtos do fumo (82,8%) e produtos alimentícios (1,1%).

A atividade de bens de consumo duráveis caiu 29,3% ante fevereiro do ano passado, com destaque para fabricação de automóveis (-31,9%) e de eletrodomésticos da  chamada linha marrom (-35,9%) e da linha branca (-22,5%). “Outros impactos negativos importantes vieram de motocicletas (-36,9%), do grupamento de outros eletrodomésticos (-27,8%) e de móveis (-7,2%)”, informa o IBGE.

De janeiro para fevereiro, houve queda em três das quatro categorias e 13 dos 24 ramos. Também nesse caso, a principal influência negativa foi de veículos automotores, com queda de 9,7%. A atividade de máquinas e equipamentos recuou 6,7%.