Pouca atividade

Estável em maio, produção industrial cai no ano e em 12 meses

Atividade de veículos automotores cresce em relação a abril, mas segue com taxas negativas no acumulado

Divulgação

Atividade de coque, por exemplo, recuou 13,4%, enquanto a de veículos automotores caiu 15,8%

São Paulo – Estável de abril para maio, depois de dois meses positivos, a produção industrial brasileira segue em queda na comparação com 2015, segundo informou hoje (1º) o IBGE. Em relação a maio do ano passado, a retração é de 7,8%, a 27ª taxa negativa seguida. No acumulado do ano, a atividade cai 9,8%, enquanto em 12 meses a queda atinge 9,5%, um pouco menos intensa que nos períodos anteriores.

No mês, 12 dos 24 ramos pesquisados tiveram crescimento, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias: 4,8%. Também tiveram alta os segmentos de perfumaria e produtos de limpeza (3,6%), indústrias extrativas (1,4%) e de metalurgia (3,4%), entre outros. Dos que reduziram a produção, o IBGE cita produtos alimentícios (-7%) e coque/derivados de petróleo e biocombustíveis (-8,2%).

Na comparação com maio de 2015 (-7,8%), o instituto registra “perfil disseminado de resultados negativos”, que atinge as quatro categorias econômicas, 21 dos 26 ramos, 62 dos 79 grupos e 67,5% dos 805 produtos pesquisados. A atividade de coque, por exemplo, recuou 13,4%, enquanto a de veículos automotores caiu 15,8%. A principal influência positiva veio de produtos alimentícios (3,8%).

De janeiro a maio, ante igual período do ano passado, o IBGE aponta queda também nas quatro categorias, em 23 dos 26 ramos, 63 dos 79 grupos e 75,4% dos 805 produtos. As principais pressões negativas vêm de veículos automotores (-24,2%) e indústrias extrativas (-14,4%), além de máquinas e equipamentos (-18,3%), metalurgia (-13,4%) e produtos de metal (-15,6%).

As três atividades que aumentaram a produção neste ano são as de produtos alimentícios (2,7%), celulose, papel e produtos de papel (3,1%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,4%).