São Paulo – “Prévia” da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 1,24% neste mês, um pouco abaixo da taxa de fevereiro (1,33%) e bem acima da registrada em março do ano passado (0,73%). No primeiro trimestre de 2014, o IPCA-15 acumula variação de 3,5%, ante 2,11% em igual período de 2013. Em 12 meses, vai a 7,9%, maior índice desde maio de 2005 (8,19%).

Segundo o IBGE, que divulgou o resultado hoje (20), a taxa se deve, basicamente, a aumentos nas contas da energia elétrica, preços de combustíveis e alimentos. Esses três itens respondem por 77,42% do IPCA-15 de março, com impacto de 0,96 ponto percentual. O grupo Habitação teve a maior alta (2,78%), puxada pelos 10,91% da energia – esse item também foi o de maior impacto individual no mês (0,35 ponto).

Em seguida, os combustíveis representaram 0,31 ponto percentual, sendo 0,26 apenas com a gasolina, que subiu 6,68%. “A alta da gasolina reflete, nas bombas, o reajuste das alíquotas do PIS/Cofins autorizado a partir de primeiro de fevereiro e que incidiu, também, sobre o óleo diesel, que ficou 4,05% mais caro”, informa o IBGE. “O consumidor passou a pagar, ainda, 5,32% a mais pelo litro do etanol”, acrescenta o instituto. Com essas elevações, o grupo Transportes teve alta de 1,91% em março.

O grupo Alimentos (1,22%) teve pressão de vários produtos importantes no consumo familiar. O IBGE destaca cebola (19,07%), cenoura(18,32%), tomate(13,04%), ovos (12,01%), hortaliças(7,62%) e feijão carioca(4,17%).

Entre as regiões metropolitanas, o maior índice foi apurado em Curitiba (1,72%), e o menor, em Belém (0,76%). O IPCA-15 subiu 1,25% em São Paulo e 1,1% no Rio de Janeiro. Os dados do IPCA e do INPC deste mês serão divulgados em 8 de abril.