Dieese

Preço da cesta básica sobe em quase todas as capitais em janeiro

Produtos como carne bovina, feijão, pão francês, tomate e batata tiveram alta na maioria das cidades pesquisadas. Leite e farinha de mandioca registraram queda.

Itens como carne de primeira, feijão e pãozinho francês pesaram mais no preço da cesta básica

São Paulo – O custo com a cesta básica em janeiro teve alta em 17 das 18 capitais pesquisadas pelo Dieese. A exceção foi Manaus, onde houve retração de 0,89%. As maiores altas foram apuradas em Salvador (11,71%), Aracaju (7,79%), Goiânia (7,48%) e Brasília (7,26%). Segundo o instituto, produtos como carne bovina de primeira, feijão, pão francês, tomate e batata (pesquisada no Centro-Sul) registraram elevação na maioria das cidades, enquanto o leite e a farinha de mandioca (Norte/Nordeste) apresentaram retração.

O valor mais alto foi o da cesta básica de São Paulo (R$ 371,22), seguido de Porto Alegre (R$ 361,11) e Florianópolis (R$ 360,64). Os menores foram registrados em capitais nordestinas: Aracaju (R$ 264,84), Natal (R$ 277,56) e João Pessoa (R$ 278,73).

Com base no maior valor, o Dieese calculou em R$ 3.118,62 o salário mínimo necessário para atender às necessidades básicas de um trabalhador e sua família. Isso corresponde a 3,96 vezes o mínimo oficial (R$ 788). A proporção diminuiu em relação a dezembro (4,11 vezes) e aumentou na comparação com janeiro do ano passado (3,8).

Ainda segundo o instituto, o trabalhador que recebe salário mínimo, considerado o valor já corrigido, precisou realizar em média uma jornada de 90 horas e um minuto para adquirir os gêneros alimentícios essenciais. Também nesse recorte, o período caiu ante dezembro (93 horas e 39 minutos) e subiu em relação a janeiro de 2014 (88 horas e 48 minutos).

Produto de maior peso na composição da cesta, a carne bovina aumentou de preço, em janeiro, em 16 das 18 capitais pesquisadas, com altas de 0,19% (João Pessoa) a 17,58% (Aracaju). Só não houve elevação em Belo Horizonte (estável) e Florianópolis (-3,17%). “Oferta restrita de carne devido aos altos custos de reposição elevou o preço, apesar da pressão dos frigoríficos”, diz o Dieese.

O feijão aumentou em 17 cidades – à exceção foi Brasília. “Preços baixos, no momento do plantio, desestimularam os produtores, que reduziram a área plantada. Além disso, o clima – estiagem ou excesso de chuva nas regiões produtoras – também explica a alta no valor do grão”, analisa o instituto.

O pão francês teve alta em 14 capitais e o tomate, em 12. Já o preço do leite recuou em 15 das 18 capitais incluídas na pesquisa.

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