Produção industrial cai 0,7% em abril, mas acumula alta de 6,4% no ano

Rio de Janeiro – A produção da indústria brasileira apresentou queda de 0,7% em abril em relação a março deste ano, na série livre de influências sazonais, após acumular ganho […]

Rio de Janeiro – A produção da indústria brasileira apresentou queda de 0,7% em abril em relação a março deste ano, na série livre de influências sazonais, após acumular ganho de 6,4% nos últimos quatro meses que registraram crescimento. Na comparação com abril do ano passado, a produção industrial registrou expansão de 17,4%, a quinta taxa positiva consecutiva de dois dígitos nesse tipo de comparação.

De acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil, divulgados hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro quadrimestre de 2010, a expansão é de 18%, e no acumulado nos últimos 12 meses, em trajetória ascendente desde outubro do ano passado, o indicador saiu de -0,3%, em março, para 2,3% em abril. Foi o primeiro índice positivo do acumulado de 12 meses desde janeiro de 2009 (1,0%).

Na passagem de março para abril, dos ramos industriais analisados, 12 apresentaram queda e 14 tiveram expansão na produção. Entre os que registraram recuo, os principais impactos negativos vieram de bebidas (-11,0%), celulose e papel (-6,1%), outros produtos químicos (-3,5%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-11,3%) e veículos automotores (-1,7%). No mês passado, esses setores haviam registrado crescimento de 7,8%, 7,4%, 1,9%, 14,3% e 10,6%, respectivamente.

Entre as atividades que aumentaram a produção, o desempenho de maior importância para o resultado global veio de refino de petróleo e produção de álcool (12,8%), recuperando o recuo de 9,1% do mês anterior, que havia sido influenciado pelas paralisações ocorridas em unidades produtivas do setor. Outro destaque é o comportamento positivo dos ramos de alimentos (1,5%), outros equipamentos de transporte (4,9%), indústrias extrativas (1,9%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (4,1%) e metalurgia básica (1,7%).

Na comparação com abril de 2009, o setor industrial avançou 17,4%, ritmo próximo ao observado no primeiro trimestre do ano (18,2%), ambas as comparações com igual período do ano anterior. Para esses resultados de dois dígitos, além da baixa base de comparação, decorrente dos efeitos da crise econômica internacional, o IBGE ressalta o incremento no ritmo produtivo nos primeiros meses do ano.

Nessa base de comparação, segundo o instituto, o índice de abril foi sustentado pelo crescimento registrado em 25 das 27 atividades e 73% dos produtos pesquisados. Entre os setores, as maiores influências positivas sobre a taxa global vieram de veículos automotores (32,2%) e de máquinas e equipamentos (47,8%), ambos impulsionados pelos índices positivos em mais de 80% dos produtos investigados. Também merecem destaque os avanços de dois dígitos verificados em metalurgia básica (30,7%), outros produtos químicos (16,8%), produtos de metal (31,4%) e indústrias extrativas (17,4%).

Nesses ramos de atividade, entre os destaques estão automóveis e caminhões, refrigeradores, herbicidas, tintas e vernizes para construção, partes e peças para bens de capital e minérios de ferro. Em contrapartida, as duas atividades que mostraram queda na produção ante abril de 2009 foram fumo (-19,6%) e outros equipamentos de transporte (-2,1%), pressionados pela menor fabricação de fumo processado, no primeiro ramo, e aviões, no segundo.

Fonte: Agência Brasil

 

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