São Paulo – Em abril, o Teatro dos Bancários de Brasília será palco de uma experiência artística intensa, que remetem aos 60 anos do golpe, prestes a serem completados. Baseada em relatos reais de pessoas que enfrentaram as violações dos direitos humanos durante o período sombrio da ditadura civil-militar, a peça Prisioneiro 12.207 promete não apenas emocionar, mas sensibilizar o público sobre um capítulo doloroso da história nacional.

Assim, nos dias 6 e 7 do mês que vem, os espectadores terão a oportunidade de testemunhar essa obra que traz à tona memórias e histórias que muitos gostariam de esquecer. Contudo, são cruciais para a compreensão do Brasil contemporâneo. O elenco é formado pelos artistas Bruno Estrela, Silvia Viana, Gaivota Naves e Guilherme Cobelo. Além disso, completa a montagem a banda Joe Silhueta.

Desafios da criação

Bruno Estrela, autor e ator da peça, compartilhou os desafios enfrentados durante o processo de criação. E revelou a dificuldade de lidar com os relatos contidos no relatório final da Comissão da Verdade. “Conhecer os detalhes das atrocidades cometidas, a dor das vítimas e dos familiares foi muito duro”, afirmou. No entanto, para ele e para Silvia Viana, produtora, diretora e atriz da peça, essa jornada dolorosa é crucial para evitar que os horrores do passado sejam esquecidos ou distorcidos.

Prisioneiro 12.207 não é apenas uma peça, mas um alerta para as gerações futuras sobre os perigos de repetir os erros do passado. Segundo Silvia, as crueldades que marcaram esse período ainda reverberam na sociedade, representando ameaça à liberdade e aos direitos humanos. É, portanto, um convite à reflexão e à ação para garantir que jamais se repitam.

Os ingressos para as apresentações estão disponíveis gratuitamente para os bancários por meio do site do Sympla.