História

‘Argentina, 1985’, sobre a ditadura, ganha Globo de Ouro. ‘É preciso seguir lutando pela democracia’, afirma diretor

É a terceira premiação para um longa do país sul-americano. Outra alegria depois da Copa, brinca Ricardo Darín, protagonista da trama

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São Paulo – “Depois da Copa do Mundo, é uma grande alegria”, afirmou o ator Ricardo Darín em agradecimento pela premiação ao filme Argentina, 1985, em que é protagonista. O longa trata da tensa abertura das investigações de crimes da ditadura naquele país (1976-1983). E venceu o Globo de Ouro, em sua 80ª edição, como melhor filme em idioma não inglês.

Coincidentemente, a última vez em que um filme argentino havia recebido essa premiação foi com A História Oficial, em 1986, também com a trama relacionada à ditadura. O próprio Darín já havia protagonizado um longa (Kóblic, de 2016) sobre os chamados “voos da morte”.

Na cerimônia de premiação, em Los Angeles, o diretor do filme, Santiago Mitre, afirmou que “a democracia é algo pelo que é preciso seguir lutando”. Já Darín brincou com a referência ao recente triunfo da seleção argentina, que ganhou a Copa no final do ano passado. O país também tornou-se “tricampeão” no Globo de Ouro: Argentina, 1985, A História Oficial (de Luis Puenzo) e A Dama das Camélia (Ernesto Arancibia, 1955).

Além disso, o país levou também um Oscar de melhor filme internacional em 2010 com O Segredo dos seus Olhos. A produção hispano-argentina de 2009 também tinha Darín como protagonista, ao lado de Soledad Villamil, com direção de Juan José Campanella.

O filme Argentina, 1985 também está pré-selecionado entre as indicações ao Oscar de melhor filme estrangeiro. A definição sairá em março.

Assista aqui ao trailer.