São Paulo – O longa-metragem Entre Mulheres (Woman Talking, 2022) foi destaque entre as premiações do Oscar 2023, ontem (12). Premiado pelo melhor roteiro adaptado, o filme valoriza a relevância da temática feminista no cinema contemporâneo e na sociedade. A direção é da canadense Sarah Polley, também ativista e atriz. Ela foi responsável pela adaptação do roteiro, baseado na novela homônima de Miriam Toews.

A força do enredo fica evidente no elenco de peso angariado pela Sony Pictures. A excepcional Frances McDormand estrela o longa com Rooney Mara, Claire Foy, Jessie Buckley, Judith Ivey, Sheila McCarthy, Michelle McLeod e Ben Whishaw. A produção conta a história de uma comunidade de mulheres religiosas isolada na Bolívia. Em pauta, a luta pelo reencontro das protagonistas com a fé, bem como o enfrentamento a um passado ligado ao machismo estrutural, que envolve agressões sexuais.

Ao usar de uma temática persistentemente atual, Entre Mulheres trata de temas essenciais de uma luta pela superação. O sofrimento das protagonistas apresenta um relato forte de milhões de mulheres submetidas à violência de organizações sociais patriarcais. A partir de então, elas passam a reinventar a própria existência, bem como ressignificar o protagonismo feminino.

Fatos reais

A história se baseia em fatos reais. Entre 2005 e 2009, nove homens submeteram cerca de 130 mulheres a abusos, incluindo violações físicas e psicológicas. Eles tinham entre 19 e 43 anos. Os homens drogavam as mulheres sob pretextos religiosos para praticar os abusos. Agora, o filme dá voz não apenas a essas mulheres, como ecoa tantas outras silenciadas ao longo da história, e ainda hoje.

Desse modo, traz uma mensagem potente através da ira, do humor, da inteligência e da esperança feminista. Entre as mensagens centrais, está a da importância do empoderamento feminino para o enfrentamento do machismo e da misoginia dominantes.

Entre Mulheres entrou em cartaz no circuito comercial no início de março.

Com informações de Prensa Latina