Sistema eleitoral

Centro Barão de Itararé lança livro sobre segurança das urnas eletrônicas

A autora do livro, Fernanda Soares Andrade, debate o tema com a jornalista paraense Cristina Serra às 18h desta quinta no centro de São Paulo

Antonio Augusto/TSE
Antonio Augusto/TSE

São Paulo – Autora do livro Tudo o que você sempre quis saber sobre a urna eletrônica brasileira, Fernanda Soares Andrade lança e discute a obra nesta quinta-feira (8), às 18h, em São Paulo. Com a companhia da jornalista e escritora paraense Cristina Serra, a autora da obra desmitificará a máquina de desinformação bolsonarista sobre supostos riscos de fraude e violação das urnas. A abordagem do livro se dá a partir de um rico panorama histórico sobre a criação das urnas e como elas evoluíram, em termos de segurança, a ponto de serem reconhecidas internacionalmente como uma das mais sólidas e eficientes tecnologias do mundo.

O debate e coquetel serão realizados no auditório da sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, situado à Rua Araújo, 124, primeiro andar, próximo ao metrô República. A entrada é franca, mas pede-se o preenchimento do formulário de inscrição devido à limitação do espaço. Preencha diretamente neste link: https://forms.gle/UQuF1QtSmE3UdRDm9. O bate-papo terá transmissão online pelo #CanalDoBarão.

Sobre o livro

Os brasileiros já estão acostumados com o ritual. A cada dois anos, todo cidadão com mais de 16 anos, seja homem ou mulher, pode se dirigir às escolas e exercer um direito civil: o voto. É a escolha de quais pessoas julgamos ser as melhores para gerir nossas vidas. As questões que atingem diretamente o cidadão são decididas pelas pessoas eleitas para ocupar os diversos cargos políticos nas esferas municipais, estaduais e federal. E a maneira como o Brasil realiza as eleições, o voto eletrônico, é alvo de uma dúvida recorrente: a urna eletrônica é segura?

O sistema informatizado de voto no Brasil, com a utilização da urna eletrônica, tem sido alvo de críticas, fake news e desinformação, ao longo do tempo. Após as eleições de 2018, os ataques à utilização da urna eletrônica se intensificaram. A utilização da urna eletrônica, segura e auditável, foi colocada em dúvida até mesmo pelo presidente da República.

Parlamentares se mobilizaram para impedir seu uso e/ou modificar o sistema de voto com a impressão do voto, retornando aos tempos da votação por cédula de papel, quando as eleições sofreram mais fraudes.

Criada há 25 anos, a urna eletrônica teve papel fundamental na redemocratização do país. Foi desenvolvida a partir de uma série de princípios fundamentais e com a participação de especialistas e técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Poder Executivo, dentre eles, servidores públicos das carreiras de ciência e tecnologia, lotados no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

Para um resgate histórico, a jornalista do Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial (SindCT) Fernanda Soares Andrade foi convidada pela diretoria do sindicato a escrever um livro contando a história da criação da urna eletrônica brasileira e as mudanças que sua utilização trouxe ao longo dos anos. O livro tem também o objetivo de esclarecer a população sobre o funcionamento e segurança da urna, além de toda a lisura do processo eleitoral.

O livro foi redigido baseando-se unicamente em documentos do TSE e em depoimentos de pessoas que participaram do desenvolvimento da urna, como engenheiros e membros do TSE, o Ministro Gilmar Mendes, que já presidiu o TSE, e o Ministro Carlos Velloso, ex-presidente do TSE, em cuja gestão se implantou a urna eletrônica.

A urna eletrônica brasileira representa a aplicação da ciência em benefício da sociedade, da independência e da soberania nacionais.

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